O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), vai viajar para o Rio Grande do Sul neste domingo (10) para visitar municípios afetados pelo ciclone extratropical que atingiu o estado nesta semana. Alckmin estará acompanhado por uma comitiva formada por sete ministros e alguns secretários do governo. Eles devem passar pelos municípios de Roca Sales, Muçum e Lajeado.
Participam da comitiva os ministros da Defesa, José Múcio; da Saúde, Nísia Trindade; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta; do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias; e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, além de representantes de outros órgãos federais.
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Alckmin vai participar, em Lajeado, de uma reunião com prefeitos. Em seguida, o presidente em exercício concederá entrevista coletiva à imprensa no campus-sede da Universidade do Vale do Taquari (Univates).
Na sexta-feira (8), Alckmin anunciou medidas para socorrer a população afetada pelas enchentes, entre elas suporte financeiro a ser repassado às prefeituras no valor de R$ 800 por pessoa desabrigada. O auxílio vai servir para os municípios pagarem despesas com alojamentos provisórios e alimentação.
O governo federal também vai disponibilizar 20 mil cestas de alimentos ao Rio Grande do Sul, a serem enviadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Até domingo, 5.000 cestas devem chegar ao estado. As demais serão entregues nos dias seguintes.
Além disso, o Ministério da Saúde vai enviar kits de medicamentos para atender 15 mil pessoas. Outra medida foi a criação de uma sala de situação permanente, com dez ministérios trabalhando em força-tarefa para auxiliar o Rio Grande do Sul.
Calamidade pública e 41 mortes confirmadas
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu na quinta-feira (7) estado de calamidade pública de 79 cidades do Rio Grande do Sul. Segundo a pasta, a medida visa agilizar o atendimento da Defesa Civil Nacional e dos órgãos competentes à população do estado afetada pela passagem do ciclone.
Com o estado de calamidade, os municípios poderão solicitar recursos para o atendimento emergencial à população afetada. Eles também poderão apresentar planos de trabalho para reconstrução das áreas atingidas. Os recursos servem para socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada, como estradas.
Segundo o balanço mais recente divulgado pelo Governo do Rio Grande do Sul, 41 mortes já foram confirmadas e 46 pessoas seguem desaparecidas. O ciclone atingiu 88 cidades do estado e 147.401 gaúchos foram afetados de alguma forma pelo fenômeno.
De acordo com o governo estadual, 3.193 pessoas estão desabrigadas e 8.256, desalojadas. Ainda conforme o levantamento, 223 pessoas ficaram feridas e 3.130 foram resgatadas.
Das 41 mortes já registradas, 15 foram contabilizadas na cidade de Muçum. Os demais óbitos ocorreram em Roca Sales (10), Cruzeiro do Sul (4), Lajeado (3), Ibiraiaras (2), Estrela (2) e Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza (1 morte em cada cidade). Em relação às pessoas desaparecidas, 30 são procuradas em Muçum, 8 em Lajeado e 8 em Arroio do Meio.