Hiales e Daniele Fodra foram velados em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul e serão sepultados às 9h, no Cemitério Municipal. Daniela Schulz e o marido Hiales Fodra estão entre as vítimas de avião que caiu em SP
Reprodução/ RBS TV
O casal Hiales Carpine Fodra e Daniela Schulz Fodra, mortos no acidente com o avião da Voepass registrado na última sexta-feira (9), será sepultado na cidade de Moreira Sales, no centro-oeste do Paraná. A cerimônia está prevista para às 9h desta terça-feira (13).
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A aeronave tinha como destino Guarulhos, em São Paulo. Estavam a bordo 62 pessoas, sendo 4 tripulantes. Ninguém sobreviveu. Veja outros detalhes da queda mais abaixo nesta reportagem.
Os corpos foram levados inicialmente para Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, cidade onde a mulher nasceu, onde foram velados na tarde de segunda (12) e chegaram no Paraná por volta das 6h desta terça.
Ainda nesta terça, a cerimônia de velório será realizada no Salão Paroquial da Igreja Matriz São João Batista e o sepultamento está previsto para às 9h no Cemitério Municipal da cidade.
Hiales tinha de 33 anos e era policial rodoviário federal. Ele ingressou na polícia em 2020, sendo lotado inicialmente em Rio Branco. Atualmente, ele estava lotado em Naviraí (MS). Ele era natural de Moreira Sales, no Paraná.
Natural de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, Daniela era formada em contabilidade e estreou no fisiculturismo em julho de 2023. Ela costumava compartilhar vídeos dos treinos, competições e das preparações nas redes sociais.
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O adeus
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Renan Rizatto Espessato, amigo de Hiales, falou sobre como foi conviver com ele.
“Tive contato com ele na graduação, durante a pós-graduação e no mercado de trabalho. O Hiales sempre foi um exemplo de profissional. Estava sempre de sorriso no rosto. Perdemos um grande amigo”, disse.
Cleber de Oliveira Santini contou que se formou com Hiales na faculdade e foi efetivado junto com ele em uma empresa que trabalharam.
“Ele era uma pessoa determinada, muito para frente. Vamos nos encontrar um dia. Tenho certeza disso”.
A queda
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Esse é o acidente aéreo com o maior número de vítimas desde a tragédia da TAM, em 2007 no Aeroporto de Congonhas, quando houve 199 mortos.
De acordo com a companhia aérea, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72.
Segundo a VOEPASS Linhas Aéreas, a aeronave decolou de Cascavel sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação, e todos os tripulantes com habilitação válida.
O avião saiu de Cascavel às 11h46 e pousaria em Guarulhos.
A aeronave voou por 1 hora e 35 minutos sem qualquer registro de ocorrências, até fazer uma curva brusca, despencar 4 mil metros em aproximadamente 1 minuto e sumir do radar, após explodir no terreno de uma casa em um condomínio residencial.
Imagem do Globocop mostra local da queda de avião em Vinhedo (SP)
Reprodução/TV Globo
Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.
A Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea dona da aeronave, divulgou um telefone, disponível 24h, para prestar informações a familiares de vítimas, colaboradores e interessados: 0800 9419712.
Em nota, a companhia disse priorizar “prestar irrestrita assistência às famílias das vítimas” e que colabora com as autoridades para apuração das causas do acidente.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e disse que vai monitorar “a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes”.
A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o acidente. Um ‘gabinete de crise’ foi montado pela corporação na casa de um morador dentro do condomínio onde houve a tragédia.
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