Natural de Porto Alegre, Debora Soper Avila trabalhava desde março de 2023 na Voepass. Todos os 61 ocupantes da aeronave morreram, segundo autoridades. Debora Soper Avila chegou a trabalhar em uma estética. Na primeira foto, ela é a última da segunda fileira. Na segunda, a primeira da esquerda par a direita
Arquivo pessoal
Debora Soper Avila, de 29 anos, uma das comissárias de bordo do avião ATR-72 da Voepass, que caiu na sexta-feira (9) em Vinhedo (SP), estava entre os 61 ocupantes da aeronave. Apaixonada pela aviação, ela era descrita pelos amigos como alguém que amava intensamente a vida e o trabalho.
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“A aviação era o maior sonho e estava fazendo o que realmente amava”, conta a amiga e ex-colega Camila Morales.
Antes de ingressar na Voepass, onde trabalhava desde março de 2023, Debora havia atuado em uma clínica de estética, carreira que deixou para seguir seu sonho. Formada em Gestão de Recursos Humanos, ela também teve experiência em outra companhia aérea entre 2018 e 2019.
Debora Soper Avila, comissária de bordo vítima de tragédia em SP
Reprodução/Instagram
Natural de Porto Alegre, casada há três anos, segundo a família, a comissária estava em uma das suas melhores fases.
“Era uma mulher incrível, cheia de vida e de luz, de um sorriso lindo que contagiava por onde passava. Estava radiante nessa fase da vida”, conta Camila.
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A família confirmou a informação à RBS TV. O irmão, a mãe e o companheiro de Debora já foram informados da morte da comissária.
“Estou em choque. Eu e meu cunhado estaremos indo para São Paulo. A companhia aérea fez contato, vai conseguir um voo para nós, para a gente poder acompanhá-la de perto”, disse Luigi Soper, de 42 anos, irmão de Debora.
Debora Soper Avila, comissária de bordo vítima de tragédia em SP
Reprodução/Facebook e Linkedin
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Acidente
Vista aérea do avião que caiu em Vinhedo
Reprodução/TV Globo
O avião com 57 passageiros e quatro tripulantes, totalizando 61 pessoas a bordo, caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo (SP), no início da tarde desta sexta-feira (9).
Segundo a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea dona da aeronave, trata-se de um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP).
A Prefeitura de Valinhos, cidade vizinha a Vinhedo, informou em nota que não há sobreviventes no acidente. O governo de São Paulo não confirma essa informação e diz que está enviando reforços ao local.
“A Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), a Polícia Civil e Militar estão mobilizadas no resgate das vítimas. Equipes do Instituto Médico Legal (IML) e os responsáveis pelo recolhimento de corpos também foram encaminhadas para reforço nos trabalhos”, informou o governo de SP.
A Força Aérea Brasileira informou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Cenipa, localizados em São Paulo, já estão a caminho para realizar a “ação Inicial da ocorrência”.
Avião com 61 pessoas a bordo caiu em condomínio de casas em Vinhedo, no interior de SP. Ninguém sobreviveu
Miguel Schincariol/AFP
O avião que caiu em São Paulo operou na rota entre Caxias do Sul, na Serra do RS, e Guarulhos. Segundo a prefeitura, que administra o aeroporto da cidade, não houve incidentes durante os voos no município.
Antes da confirmação da lista de vítimas, o governador do RS, Eduardo Leite, lamentou a tragédia.
“A queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP) é uma tragédia que entristece a todos nós. Desastres aéreos não fazem parte da rotina dos brasileiros e perder tantas vidas dessa maneira é muito impactante. Expresso a minha solidariedade às famílias das vítimas, rogando a Deus que lhes dê conforto nesse momento difícil”, escreveu em uma rede social.
O acidente em Vinhedo é o quinto mais fatal ocorrido em solo brasileiro. A maior tragédia aérea do Brasil ocorreu em 17 de julho de 2007, quando um avião da Tam que partiu de Porto Alegre não conseguiu pousar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e bateu em um prédio da companhia. Ao todo, 199 pessoas morreram – 98 moravam ou nasceram no RS.
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