BNDES já financiou mais de R$ 3 bi para reconstrução do Rio Grande do Sul, diz Mercadante


No fim de maio, presidente Lula assinou medida provisória que disponibiliza linhas de crédito para empresas do estado. Concessão de crédito pelo banco começou no dia 10 de julho. Edifício-sede do BNDES, no centro do Rio
Marcos Serra Lima/g1
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já financiou mais de R$ 3 bilhões para reconstrução do Rio Grande do Sul. A informação é do presidente do banco, Aloizio Mercadante, em entrevista nesta terça-feira (16).
Segundo Mercadante, em 72 horas, foram R$ 2,7 bilhões em financiamentos para capital de giro e R$ 500 milhões para investimento no estado. A concessão de crédito pelo BNDES começou no dia 10 de julho.
“O pessoal está trabalhando em tempo integral para poder atender a demanda”, declarou Mercadante.
Donos de negócios afetados por inundações no RS podem pedir empréstimos em programa do BNDES.
No fim de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma medida provisória que disponibiliza linhas de crédito para empresas no Rio Grande do Sul — estado afetado por fortes chuvas e enchentes desde o final de abril.
O governo disponibilizou R$ 15 bilhões para empresas com sede ou filial em municípios em estado de calamidade.
Segundo informações da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, no primeiro dia de oferta da linha de crédito, foram concedidos 781 financiamentos no total de R$ 1,5 bilhão.
Fundo do Clima
Questionado sobre o Fundo Clima, Mercadante afirmou que o banco de fomento tem uma demanda de R$ 31 bilhões para financiamento de projetos até 2026.
“No fundo clima, nós já temos projetos protocolados até 2026, com uma demanda de R$ 31 bilhões e alguns projetos muito interessantes, muito inovadores”, declarou.
Mercadante se encontrou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta terça-feira (16) para tratar do desempenho do BNDES no semestre.
De acordo com ele, houve um aumento de 79% nas aprovações de crédito no período e desembolso de 21%.
Já a demanda de crédito para exportação de bens industriais cresceu 135% no semestre, afirmou.
“Então os dados são muito fortes, o que mostra que acho que a Fazenda vai ter que rever a projeção de crescimento da economia este ano. Pelo BNDES, nós vamos ter um crescimento maior do que está projetado até agora”, disse Mercadante.

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