Natural do RS, Matheus Piovesan, de 36 anos, residia havia cinco anos na Europa. Ele voltava do trabalho quando foi atingido por um carro que fugiu do local do acidente. Duas mulheres foram presas pelo crime. O brasileiro Matheus Piovesan, vítima de atropelamento em Londres
Arquivo Pessoal
O brasileiro que morreu atropelado na madrugada de sábado (6) em Londres, na Inglaterra, exaltava a alegria de estar vivo em publicações nas redes sociais. Em uma de suas últimas postagens, há cerca de um mês, Matheus Piovesan, de 36 anos, escreveu: “celebrar a vida é minha religião”.
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Amigos organizaram uma homenagem ao jornalista e produtor musical para este domingo (7). A expectativa, segundo pessoas próximas, é que cerca de 100 pessoas estejam no Victoria Park para “celebrar a vida do Matheus”.
“O que vestir: roupas muito coloridas, brilhantes e animadas, como Matheus adorava”, diz trecho da mensagem enviada no convite.
Piovesan estava de bicicleta e foi atingido por um carro, que teria deixado o local do acidente. Duas mulheres suspeitas de envolvimento no crime foram presas, segundo a imprensa local.
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O acidente
De acordo com amigos e familiares, as autoridades policiais londrinas divulgaram que, às 0h30 de sábado no horário local (por volta das 20h30 de sexta-feira no Brasil, no horário de Brasília), foram acionadas para atender a um acidente envolvendo um carro e um ciclista na esquina das vias Cable Street e Cannon Street Road, na região de Shadwell. Matheus voltava do trabalho quando foi atropelado.
Piovesan foi identificado, socorrido, mas morreu enquanto recebia atendimento médico no local. A motorista do carro e a passageira foram detidas e levadas até uma delegacia, onde permaneceram em silêncio durante interrogatório. Após o registro do caso, elas foram encaminhadas para unidades prisionais.
O brasileiro Matheus Piovesan, vítima de atropelamento em Londres
Arquivo Pessoal
Trajetória
Criado em Pelotas, na Região Sul do RS, Piovesan residia há cerca de cinco anos em Londres. Ele trabalhava com hospedagem e estava envolvido em um projeto cultural que tem por objetivo alavancar as carreiras de novos músicos.
“Ele era de Pelotas e tinha cidadania italiana. O Matheus era um cara incrível, cheio de vida. Tinha trabalhado com redes sociais e jornalismo, e a paixão por musica trouxe ele para Londres. Ele amava e vivia essa cidade, suas amizades, e seu projeto intensamente”, disse ao g1 Augusto Steinhorst.
Em Porto Alegre, Matheus trabalhou no Grupo RBS como repórter do jornal Zero Hora.
Familiares demonstraram interesse no traslado do corpo de Piovesan para o Brasil. A liberação pode levar até duas semanas. A expectativa é que ele seja velado e enterrado no Rio Grande do Sul.
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