Fenômeno ocorreu no fim da tarde de quinta-feira (27). Tremor foi registrado pelo Centro de Sismologia da USP. Centro de Sismologia da USP registra terremoto em Pelotas
Reprodução/Centro de Sismologia da USP
Moradores de Pelotas, na Região Sul, relataram um estrondo no fim da tarde de quinta-feira (27). O fenômeno foi confirmado como um terremoto de 2,5 graus na Escala Richter, segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).
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O abalo ocorreu às 17h41 e durou poucos segundos, causando apenas susto na população, já que o cismo foi de pequeno impacto.
Um dos moradores do município que sentiu o fenômeno foi o estudante Luan da Fonseca Gonçalves. Ele estava em casa, estudando, quando escutou um barulho alto e sentiu um pequeno tremor. Luan pensou se tratar de um acidente que havia ocorrido em um prédio vizinho momentos antes, mas, ao verificar, constatou que não era.
“Eu até achei que estava ficando meio louco e que talvez fosse uma batida de carro, alguma coisa, e segui a vida. E aí descobri hoje, vi um post aí”, revela o estudante.
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Fenômeno natural
O Centro de Sismologia da USP afirma que o fenômeno é natural e ocorre devido a grandes pressões geológicas atuando na região. Desde 2012, já foram registrados 16 pequenos terremotos na localidade. O maior deles ocorreu em Mostardas, no Litoral Norte, com magnitude 3,7 graus.
“São tremores que não causam danos, só assustam, se tiver próximo à cidade. Assusta um pouco, mas não causam danos, rachaduras ou estruturas. No momento em que esse tremor acontece, quando a pessoa começa a sentir, já passou”, revela o professor George Sand, do Centro de Sismologia da USP.
O especialista explica que, em terremotos de pequena magnitude, ocorrem movimentos tectônicos de de poucos centímetros, que geram a liberação de energia. O resultado disso é sentido pela população.
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Reprodução/Redes sociais
Em meio às enchentes que já deixaram 178 mortos no Rio Grande do Sul, moradores da Região da Serra relataram tremores nos municípios de Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Pinto Bandeira, na madrugada de 13 de maio. Os impactos foram terremotos que variaram de 2,3 a 2,4 na Escala Richter.
A Defesa Civil descartou riscos à população. Com a terra molhada em devido às chuvas, houve a suspeita de que os temporais teriam causado o abalo. A hipótese não foi descartada, considerando que não havia muitas estações de medição na região.
“Provar isso também é muito complicado. Carece de muitas estações espalhadas na região, muitas estações císmicas, cismômetros, e bastante tempo de estudo. Então, apesar disso, é pouco provável que eles tenham relação com a chuva, [mas] a gente não pode descartar isso”, disse o professor do Centro de Sismologia da USP Bruno Collaço à época.
Até aquele momento, desde 2014, houve o registro de 27 tremores na Serra.
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