Embarcação da Marinha chegou na cidade do Sul do estado pela segunda vez neste ano. Missão tem como foco a distribuição de donativos para comunidades mais necessitadas. Maior navio de guerra da América Latina atraca em Rio Grande para ajudar população
O maior navio de guerra da América Latina atracou, nesta quinta-feira (27), no Porto de Rio Grande, na Região Sul do estado. Com 115 toneladas de donativos, a embarcação da Marinha busca auxiliar a população castigada pela enchente que ainda não conseguiu se recuperar.
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O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico transporta água mineral, alimentos não-perecíveis e produtos resfriados. Entre as comunidades que serão auxiliadas está a Colônia de Pescadores Z-3, em Pelotas, que deve receber parte dos donativos no sábado (29).
Esta é a segunda vez que a embarcação foi à cidade neste ano. Em 11 maio, o navio esteve na região para auxiliar as pessoas ilhadas e transportar suprimentos pelas vias alagadas.
Navio da Marinha atraca novamente em Rio Grande com donativos
Na ocasião, o navio partiu da Base Naval do Rio de Janeiro, levando 24 embarcações de pequeno e médio porte, 1,3 mil militares, 38 viaturas dos fuzileiros navais, 24 embarcações e três helicópteros.
Ao todo, a Marinha afirma que já transportou cerca de 250 toneladas de suprimentos com a embarcação desde o início das enchentes.
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Chegada em Rio Grande do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico
Isa Severo
Sobre o navio
O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico tem 203,43 metros de comprimento – o que equivale a cerca de 45 carros enfileirados em linha reta. Ele tem capacidade para transportar até 1,4 mil militares em missões humanitárias.
A extensão da embarcação permite realizar cuidados médicos intensivos, já que ele conta com o segundo maior centro médico móvel da Marinha. Também conta com duas estações móveis para tratar água. O equipamento é capaz de gerar 20 mil litros de água potável por hora.
Conheça o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico por dentro
Segundo a Marinha, em condições habituais, o navio opera com uma médica, uma dentista e seis enfermeiros, que trabalham em atividades ambulatoriais, inspeções de saúde e na preparação dos militares para as longas missões.
No entanto, em viagens a demanda da embarcação aumenta, passando a atuar com o reforço de outros três médicos, sendo um cirurgião geral, um anestesista e um clínico geral, além de um oficial farmacêutico e mais cinco enfermeiros, dentre eles um técnico em patologia clínica.
Registros do maior navio de guerra da América Latina
Números da tragédia no RS
Os temporais e as cheias no Rio Grande do Sul deixaram 178 mortos, 34 desaparecidos e 806 desaparecidos, segundo o mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil estadual.
O número de desalojados (pessoas em casa de amigos ou parentes) é de 388.781 mil. Ao todo, cerca de 2,4 milhões de pessoas foram afetadas em todo estado.
O RS tem 478 dos seus 497 municípios atingidos pelas enchentes, o que equivale a mais de 96% das cidades.
As ruas, avenidas, estradas e rodovias inundadas que foram mapeadas pelo governo do RS somam 4.521 km, distância suficiente para atravessar Brasil de norte a sul ou de leste a oeste.
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