Mulher é presa por suspeita de matar e jogar no lixo bebê recém-nascida em Canoas, diz polícia


Segundo delegado, suspeita matou a filha asfixiada 10 horas após o nascimento. Corpo foi colocado dentro de bolsa e jogado no lixo de banheiro de centro comercial. Mulher entrando e saindo de banheiro onde teria deixado bebê morta em Canoas
Polícia Civil/Divulgação
Uma mulher de 33 anos foi presa em flagrante, na segunda-feira (24), por suspeita de matar a filha recém-nascida e jogar a criança no lixo em um centro comercial de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo a Polícia Civil, a menina nasceu no domingo (23) e viveu por 10 horas.
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A polícia ficou sabendo do caso após receber a denúncia de que havia um bebê na lixeira de um dos banheiros do centro comercial. Depois de verificar câmeras se segurança, a investigação identificou a suspeita.
A Polícia Civil investiga a mulher pelos crimes de homicídio qualificado por asfixia, porque a criança teria sido sufocada com uma fita adesiva, e ocultação de cadáver.
“Se tratava de uma criança que nasceu com vida, que teve a boca e o nariz tampados com uma fita adesiva. A criança morreu por conta da mãe, que asfixiou a criança”, diz o delegado Arthur Reguse.
De acordo com o delegado, a mulher teve a filha em casa, mas não procurou atendimento médico para o trabalho de parto. No imóvel, a polícia encontrou marcas de sangue no chão, verificadas com o auxílio de luzes especiais.
Luminol utilizado pela polícia mostra marcas de sangue no chão no momento do parto em Canoas
Polícia Civil/Divulgação
O delegado afirma que a suspeita chegou a amamentar a bebê antes de cometer o crime. Depois de matar a filha, a mulher teria colocado o corpo dentro de uma bolsa esportiva e levado até o centro comercial, onde trabalhava.
“Não procurou auxílio médico. Demonstra que ela estava prevendo se desfazer da criança. A mãe arquitetou a morte da criança, ocultou o cadáver. Não havia confusão mental. Ela já demonstrava que não queria ter a criança”, afirma Reguse.
O delegado pediu a prisão preventiva da mulher, que, informalmente, teria confessado o crime – em depoimento, ela ficou em silêncio. O caso é analisado pela Justiça.
“Informalmente ela confessou. Assistida por um advogado, ela optou por permanecer em silêncio”, diz o delegado.
A mulher vivia em Canoas. A suspeita já tinha outros dois filhos, com idades de até 12 anos. As crianças estão com familiares, segundo a polícia.
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