'Crocodilo pequeno': fóssil de espécie rara com mais de 237 milhões de anos é descoberto no RS


Réptil pertence ao grupo dos Gracilisuchidaes. Fóssil foi encontrado em um sítio na área rural do município de Paraíso do Sul, na região central do estado. Crânio, coluna vertebral e pedaço da cintura pélvica de réptil descoberto no Rio Grande do Sul
Reprodução/ RBS TV
Uma descoberta de um metro de comprimento e quatro patas foi feita por pesquisadores do Rio Grande do Sul ao encontrarem o fóssil de um réptil que viveu há mais de 237 milhões de anos, antes do surgimento dos dinossauros. O fóssil foi encontrado em um sítio na área rural do município de Paraíso do Sul, na Região Central do estado.
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O réptil pertence ao grupo dos Gracilisuchidaes, parentes distantes dos jacarés e crocodilos atuais. No entanto, diferente desses animais, ele vivia exclusivamente em terra firme.
” Os Gracilisuchidaes não são dinossauros e não são os ancestrais diretos dos jacarés e crocodilos, mas tem um certo grau de parentesco”, explica o paleontólogo Rodrigo Temp Müller.
O grupo Gracilisuchidae é muito raro no registro fóssil. Até essa descoberta, apenas três espécies do grupo eram conhecidas: duas da China e uma da Argentina. A descoberta representa o primeiro Gracilisuchidae encontrado no Brasil e, além disso, uma espécie nova para a ciência.
A nova espécie foi nomeada como Parvosuchus aurelioi, que significa “crocodilo pequeno”.
“Pelo tipo de dentição, a gente sabe que é carnívoro. Ele tinha dentes afunilados, em forma de punhal, que são bem típicos de um animal que se alimenta de carne”, afirma o paleontólogo.
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Fóssil foi encontrado em um sítio na área rural do município de Paraíso do Sul, na região central do RS
Reprodução/ RBS TV
Em janeiro, o Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) recebeu uma doação de vários materiais fósseis. Müller, um dos pesquisadores, selecionou e preparou alguns desses materiais, removendo-os da rocha.
Durante o processo, ele descobriu partes do crânio, confirmando a presença de um crânio articulado, algo raro no registro fóssil. Além do crânio, foram encontradas partes da cintura pélvica e das vértebras.
Até então, não havia fósseis de répteis tão pequenos que fossem ancestrais dos jacarés e crocodilos modernos. O trabalho dos pesquisadores da UFSM foi publicado no Scientific Reports, da revista britânica Nature.
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