Caso aconteceu em Caxias do Sul, na Serra do estado. Um policial e um assaltante morreram na ocorrência. Criminosos estão foragidos. Falsa viatura da PF usada em assalto a carro-forte em Caxias do Sul
Reprodução/RBS TV
Um grupo assaltou um carro-forte no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, na Serra do RS, na noite de quarta-feira (19). Dentro de uma caminhonete caracterizada como se fosse da Polícia Federal (PF), os criminosos vestiam roupas semelhantes às dos agentes.
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Durante o assalto, houve uma intensa troca de tiros que resultou em duas mortes: a de um policial e a de um suspeito.
Veja o que se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o caso:
Como foi o assalto?
Na noite de quarta-feira (19), assaltantes armados com fuzis de alto calibre, disfarçados de policiais federais, atacaram um carro-forte no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul.
O local estava fechado e os funcionários já haviam sido liberados, segundo o proprietário.
As câmeras de segurança de uma loja nas imediações registraram os tiros (confira o vídeo abaixo). Parte do dinheiro foi levada pelos suspeitos que conseguiram fugir.
Segundo testemunhas, a troca de tiros teria durado entre 15 e 20 minutos.
Imagens de câmera de segurança mostram troca de tiro durante assalto em Caxias do Sul
Quem é o policial morto?
Fabiano Oliveira, de 47 anos, 2º sargento e integrante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), foi morto durante ocorrência
Reprodução
O policial morto foi identificado como Fabiano Oliveira, de 47 anos, 2º sargento e integrante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM).
Oliveira foi sepultado na quinta-feira (20), em Caxias do Sul.
O governador do RS, Eduardo Leite, expressou solidariedade aos familiares e colegas do sargento na rede social X (antigo Twitter).
“Determinei empenho máximo das forças de segurança do Estado para capturar e buscar a responsabilização de TODOS os criminosos envolvidos nesse ato covarde. Seguiremos firmes na luta contra a criminalidade, honrando a memória do sargento Fabiano Oliveira e de todos os heróis que dedicam suas vidas para proteger o nosso povo”, escreveu Leite.
Quem são os suspeitos?
O tenente-coronel Ricardo Vargas, comandante do 12º BPM, informou que ao menos oito suspeitos participaram diretamente da ação, mas acredita-se que a logística envolva um número maior de criminosos.
Desde a noite de quarta-feira, a polícia faz cerco na região para identificar e prender os suspeitos.
Os criminosos fugiram para uma área de mata ao sul do aeroporto de Caxias do Sul, segundo a polícia
Reprodução/ RBS TV
O que tinha no carro-forte?
O carro-forte que foi alvo dos criminosos faria o transporte de uma carga de dinheiro que chegou ao RS na quarta-feira através do aeroporto de Caxias do Sul. Normalmente, esse tipo de serviço é prestado por meio do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, mas ele está fechado desde que foi inundado durante as enchentes que atingiram a capital no mês de maio.
Uma parte do dinheiro pode ter sido levada pelos suspeitos que conseguiram fugir, segundo a Brigada Militar.
Nesta quinta-feira, a perícia analisou os dois carros-fortes que estavam na pista do aeroporto. A empresa de transportes responsável pela operação confirmou que os vigilantes se abrigaram dentro do veículo durante o tiroteio. Um deles ficou ferido, mas passa bem.
A falsa viatura, que imitava a identificação da Polícia Federal, foi encontrada e periciada.
O terminal está fechado?
O Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, chegou a ficar fechado para perícia das forças de segurança, mas foi reaberto no fim da manhã de quinta-feira. Todos os acessos ao complexo ficaram fechados por determinação da Polícia Federal.
Na terça-feira (18), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o Aeroporto Hugo Cantergiani, a receber voos internacionais. A medida vale exclusivamente para possibilitar as operações aéreas relacionadas a jogos internacionais de futebol das copas Libertadores e Sul-Americana.
Criminosos disfarçados atacam aeroporto do RS
O que a polícia investiga?
No momento, o principal trabalho das polícias Civil e Federal é entender como os criminosos agiram e fugiram do local. Além disso, as buscas pelos fugitivos continuam.
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