Parede rígida e 17 m²: vídeo mostra como é por dentro a casa temporária montada em 'cidade provisória' para desabrigados em Canoas


Estruturas de quase 18 metros quadrados visam dar privacidade e segurança a desabrigados. Governo do estado projeta abrir ‘cidade provisória de Canoas na primeira semana de julho. Veja como é ‘casa temporária’ para desabrigados no RS
A montagem das casas temporárias cedidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para famílias desabrigadas está em fase final na “cidade provisória” erguida em Canoas, na Região Metropolitana. Ao todo, serão cinco grandes abrigos construídos em Porto Alegre e no município vizinho.
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A RBS TV e o g1 entraram em uma das 208 casas que estão sendo montadas em Canoas (veja o vídeo acima). Diferentemente das tendas erguidas nas outras “cidades provisórias”, a estrutura da ONU tem paredes rígidas sustentadas por estruturas de aço.
A oficial de planejamento de abrigos do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Patrícia Monteiro, ressalta que esses espaços ajudam a dar privacidade aos desabrigados que precisaram sair de casa.
“Ela proporciona privacidade, dignidade e o que a gente fala de proteção. O que seria essa proteção? É a garantia de segurança das pessoas, a garantia dela se sentir acolhida”, diz.
Tamanho: 17,5 m² (2,83 metros de altura, 5,68 de comprimento e 3,32 de largura);
Peso: 140 kg;
Saídas: porta, quatro janelas, quatro espaços de ventilação e sistema simples de iluminação;
Estrutura: paredes e teto de espuma poliolefina, um material isolante rígido à prova d’água e com propriedades que protegem do sol e do calor, sustentados por uma estrutura em aço que é fixada ao chão por ganchos que funcionam como âncoras;
Tempo de montagem: de 4 a até 5 horas;
Resistência: suporta ventos de até 101 km/h e chuva leve e tem pintura com proteção contra radiação solar;
Validade: os abrigos podem atender à sua finalidade com qualidade por até três anos.
Casas provisórias erguidas pela ONU em Canoas
Reprodução/RBS TV
O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), projeta a abertura da “cidade provisória” para a primeira semana de julho. Ainda são necessários ajustes nas estruturas complementares às casas, energia elétrica, água e esgoto.
“O maior desafio é vencer, rapidamente, todos os desafios aqui de engenharia para montar esse centro. Porque a casa é uma montagem rápida. A gente monta em quatro horas com os homens do Exército que estão aqui nos apoiando”, afirma Souza.
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A atualização mais recente do governo do estado aponta que 10,5 mil pessoas seguem desabrigadas no Rio Grande do Sul. Esse contingente ainda não conseguiu voltar para casa após os temporais e enchentes que deixaram 177 mortes no estado.
Canoas, onde são ontadas duas “cidades provisórias”, tem 2,2 mil desabrigados. Na sequência, aparece Porto Alegre, com 2 mil pessoas acolhidas em abrigos. Em São Leopoldo, há 1,4 mil pessoas nessa situação.
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