Disputa por pontos de tráfico motivou mortes e incêndio de imóvel, de acordo com o MPRS. Responsáveis pelo crime no Litoral Norte do Rio Grande do Sul estão presos. Casa incendiada em Cidreira
Corpo de Bombeiros/Divulgação
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e tornou réus, na segunda-feira (17), cinco integrantes de uma facção criminosa pela morte de cinco homens em Cidreira, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
A motivação do crime, ocorrido em 10 de abril, foi uma disputa por pontos de tráfico de drogas.
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O nome dos responsáveis não foi divulgado, mas o MPRS revela que todos os responsáveis já estão no sistema prisional. Um sexto homem foi denunciado por associação criminosa e também está preso.
Três vítimas foram baleadas e duas foram encontradas carbonizadas após um incêndio em um local que funcionava como depósito de materiais. Elas foram identificadas como Édison Espíndola, 61 anos; Giam Brisola, de 19; Luiz Alberto Xavier, de 68; Luiz Cláudio Canabarro dos Santos, de 44; e Florindo Pedroso, de 66.
Além disso, três outras pessoas ficaram feridas, sob tentativa de homicídio.
Casa incendiada em Cidreira
Corpo de Bombeiros/Divulgação
O promotor de Justiça André Tarouco, da Comarca de Tramandaí, afirma que os denunciados respondem pelos seguinte crimes: associação criminosa armada; cinco homicídios com motivo torpe e sob recurso que dificultou defesa ; roubo de celular e de veículo das vítimas; incêndio da residência onde estavam os mortos e feridos; destruição dos cadáveres durante incêndio; e por três tentativas de homicídio.
Relembre o caso
Guerra entre facções de tráfico deixa cinco mortos em Cidreira
No dia 10 de abril, por volta das 18h, a Brigada Militar (BM) foi acionada para atender uma ocorrência de incêndio no bairro Parque dos Pinos. A informação era de que as chamas foram precedidas por barulhos de arma de fogo.
Após o trabalho dos bombeiros, cinco pessoas foram encontradas mortas na mesma rua, em Cidreira. De acordo com a Brigada Militar (BM), três pessoas foram baleadas e duas estavam carbonizadas após o incêndio em um local que funcionava como depósito de materiais.
Das três pessoas feridas identificadas após a denúncia, duas haviam sido encontradas. Uma recebeu atendimento médico em um hospital e teve alta. A outra passou por cirurgia e ficou internada em estado estável.
O delegado Antônio Carlos Ractz disse à época que uma das hipóteses que motivaram o crime foi o tráfico de drogas, o que se confirmou. Também disse acreditar que “inocentes morreram”.
A investigação afirmou que os réus renderam as pessoas e efetuaram diversos disparos de arma de fogo.
“Acreditamos, pelo menos num primeiro momento, que algumas vítimas não têm nenhuma relação com o crime. Estavam lá, vendendo suas sucatas e acabaram sendo mortas. Não estavam no lugar, estavam trabalhando. Acredito que inocentes morreram nessa empreitada”, destacou à época o delegado.
Carro abandonado na praia em Balneário Pinhal
BM/Divulgação
Após matar as vítimas, os réus roubaram o carro delas e teriam continuado as execuções em uma segunda casa. O automóvel foi localizado parado na beira da praia de Magistério, em Balneário Pinhal.
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