Volume de água pode ter minimizado impacto dos poluentes. Material foi coletado entre os dias 20 e 22 de maio. Estudo da UFRGS anterior indicava coliformes fecais na água. Amostras coletadas pela Fepam
Divulgação/Fepam
Um relatório da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), divulgado na sexta-feira (7), revela que as cheias no Rio Grande do Sul não tiveram grande impacto na qualidade da água em pontos do Guaíba e Rio Gravataí onde foram realizadas as coletas.
📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp
O relatório do órgão estadual diz que “não houve comprometimento significativo da qualidade da água nos pontos amostrados” para os critérios estabelecidos (veja abaixo os pontos de coleta).
As coletas foram feitas nos dias 20 e 22 de maio e, entre os parâmetros, avaliou condutividade, oxigênio dissolvido, pH, salinidade, turbidez e a bactéria E. coli, que se encontra no intestino do ser-humano.
“Acreditamos que o grande volume de água que escoou pelos rios após as chuvas tenha promovido a diluição dos poluentes e minimizado os impactos. Nossas coletas foram feitas na calha do rio, onde o fluxo de água propicia a renovação das condições de qualidade”, afirmou o chefe da Divisão de Monitoramento Ambiental, Márcio D’Ávila Vargas.
Os resultados revelam um cenário positivo, já que um estudo da UFRGS realizado nos dias 5 e 10 de maio indicava que a população afetada pelas enchentes e socorristas podia ter mantido contato com coliformes fecais e a bactéria E. coli. 80 amostras haviam sido coletadas em pontos de Porto Alegre, Eldorado do Sul e Guaíba.
A pesquisa da Fepam foi realizada em quatro pontos diferentes da Região Metropolitana de Porto Alegre, quando a água se mantinha elevada. As amostrar foram retiradas em um trecho médio e na foz do Rio Gravataí e na parte norte do Lago Guaíba.
Pontos de Coleta pela Fepam
20/5: Gravataí, no Rio Gravataí
20/5: Gravataí, no Rio Gravataí
22/5: Canoas, no Rio Gravataí
22/5: Porto Alegre, no Lago Guaíba
No dia da coleta no Rio Gravataí, a água atingia 5,51 metros à meia-noite, 76 centímetros acima da cota de inundação. Já a régua do Guaíba, na Orla do Gasômetro de Porto Alegre, registrava 3,99 metros no dia do estudo – 29 centímetros acima da cota atual, de 3,60 metros.
O órgão afirma que o trabalho é o início de um mapeamento da qualidade da água desde o início dos temporais e das cheias, que deixaram 172 mortos. As análises devem seguir com monitoramentos em outros locais da região e terão avaliação de toxicidade e contaminação por metais.
VÍDEOS: Tudo sobre o RS