Entre as iniciativas estão higienização de municípios atingidos e fabricação de itens como camas, rodos, berços e casas para cães. Cheias e temporais no RS já deixaram 172 mortos. Produção de camas e berços por detentos para atingidos por enchentes no RS
Susepe/Divulgação
Mais de 700 presos realizaram algum tipo de trabalho voltado às enchentes e temporais no Rio Grande do Sul, conforme o governo do estado. Entre as atividades, estão a limpeza de cidades atingidas e a produção de itens destinados a pessoas e espaços afetados pelos transtornos.
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Apenados de 49 estabelecimentos prisionais fabricaram camas, rodos, berços e casas para cães, segundo o Palácio Piratini. As atividades têm coordenação e supervisão de integrantes da Polícia Penal.
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O governo afirma que a atuação dos detentos será ampliada para outras atividades e tem prazo indeterminado.
Para Marcos Rolin, especialista em direitos humanos e professor da UniRitter, iniciativas desse tipo dão ao preso um sentido de pertencimento à sociedade, auxiliam na construção de uma nova identidade e são um passo importante para evitar a criminalidade.
“A possibilidade de participação dos presos nos esforços de reconstrução são muito bem-vindas e deveriam fazer parte de programas muito mais amplos e constantes”, afirma.
Na última quinta-feira (6), 50 presos participaram do trabalho de limpeza de três escolas municipais em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Eles foram divididos em três equipes para retirar entulhos e organizar três unidades municipais atingidas pela água.
Práticas semelhantes ocorreram nas enchentes de setembro e novembro do ano passado, quando 59 pessoas morreram em razão das enchentes.
Detentos atuam no trabalho de limpeza em Eldorado do Sul
Rafa Marin/Ascom Polícia Penal
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