Polícia prende quatro suspeitos de incendiar ônibus em Porto Alegre


Presos serão encaminhados a presídio. Queima de dois veículos ocorreu em 19 de maio, no bairro Santana, após morador da região ser encontrado morto na Zona Sul. Momento da operação que prendeu quatro pessoas por incêndio em ônibus
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (3), quatro suspeitos de incendiar dois ônibus no bairro Santana, em Porto Alegre. No dia 19 de maio, eles teriam comprado o combustível em um posto de gasolina e ateado fogo nos veículos, segundo a investigação.
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Na ocasião, cerca de 50 pessoas bloquearam a Avenida Princesa Isabel. Motoristas contaram à polícia que manifestantes pediram para todos que estavam nos veículos saíssem. Ninguém se feriu.
A motivação por trás do crime, segundo a Brigada Militar, foi a morte de um morador do Condomínio Princesa Isabel. Vladimir Abreu de Oliveira, de 41 anos, desapareceu na sexta-feira (17), e o corpo do homem foi encontrado no domingo (19), com ferimentos, em uma região alagada na Zona Sul da Capital.
A Polícia Civil afirmou, por meio de uma coletiva, que o incêndio e a morte estão sendo apurados em inquéritos distintos e que nada fundamenta a queima da frota de ônibus.
Polícia Civil realizou coletiva com balanço da operação
Divulgação/Polícia Civil
“Não há justificativa para um fato tão grave que é a queima de ônibus, colocando a vida de pessoas em risco. O fato do desaparecimento do Vladimir está sendo apurado em outro inquérito pelo Departamento de Homicídios e pela Brigada Militar”, afirmou o Subchefe de Polícia, Heraldo Chaves Guerreiro.
A polícia não revelou o nome dos presos, mas afirmou que todos têm antecedentes criminais. São quatro pessoas maiores de idade e um quinto homem, que segue foragido pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
“[Há] um de 30 anos, já com antecedentes policiais vários; o outro com 26 anos; o outro com 21 anos, também com antecedentes por tráfico de drogas, resistência, ameaças e outros fatos; e mais um de 20 anos de idade, também com antecedentes por tráfico, morte com arma, ameaças, resistências e desobediências”, afirmou o delegado Ajaribe Rocha Pinto.
Investigação e prisão
Uma equipe da Polícia Civil foi ao local durante a madrugada do dia 20 de maio, no dia após o incêndio, para ter acesso a imagens das câmera de segurança da região e identificar os suspeitos pelo incêndio.
Eles afirmam que alguns moradores temiam represálias de traficantes que residem no condomínio aos responsáveis pelo incêndio, o que não ocorreu.
Polícia foi ao Condomínio Princesa Isabel realizar prisões
Divulgação/Polícia Civil
Com a apuração, o delegado Ajaribe Rocha Pinto pediu a prisão preventiva dos suspeitos, que foi decretada de forma temporária. A Justiça entendeu que são necessários mais elementos, mesmo com a confissão do crime, de acordo com a investigação.
A Polícia Civil afirma que 130 pessoas participaram da operação. As investigações foram deflagradas pela 10ª Delegacia de Polícia e pela Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre (DPRPA), contando com a participação de unidades de outro estado que estão no estado em meio às cheias e aos temporais.
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