Procura em abrigos e uso de drone: saiba como é a busca por desaparecidos após cheias no RS


Até esta terça-feira (4), Rio Grande do Sul registrava 42 pessoas desaparecidas. Desastre deixou 172 mortos em todo o estado. As cheias, que provocaram 172 mortes no Rio Grande do Sul, também deixaram 42 pessoas desaparecidas até esta terça-feira (4), conforme boletim da Defesa Civil. Somente no Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas pelo temporal, são 25 pessoas.
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A Polícia Civil é a responsável pelas buscas de quem ainda não foi localizado. O trabalho é centralizado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com procura ativa em abrigos e até com o uso de um drone. Entenda abaixo.
A delegacia descobriu o paradeiro do filho da empregada Sandra Maria Cavalcante Oliveira, moradora da Ilha do Pavão. A localidade, no bairro Arquipélago, foi uma das mais atingidas pela enchente em Porto Alegre. Na sexta-feira (31), a mãe recebeu uma boa notícia sobre o filho, desaparecido desde 29 de abril.
“Eu estava no trabalho e a Polícia Civil entrou em contato comigo. Foi muito legal, me tranquilizou: ‘fica tranquila, que eu não achei ainda, mas vivo ele está'”, conta.
Drone utilizado na busca por desaparecidos após cheias no RS
Reprodução/RBS TV
Canoas, na Região Metropolitana, soma oito pessoas ainda desaparecidas. Na sequência, aparecem municípios do Vale do Taquari: Cruzeiro do Sul (sete pessoas), Lajeado (cinco) e Roca Sales (quatro). Na Serra, Bento Gonçalves também soma quatro desaparecidos.
Em Cruzeiro do Sul, foi identificado o corpo de uma das pessoas que ainda constava na lista de desaparecidos do governo do estado. Segundo a família, João Alexandre Gonçalves Morais, de 29 anos, foi encontrado na sexta-feira, em Estrela. Ele não era visto desde 2 de maio, quando caiu na água enquanto era resgatado por um helicóptero (veja o vídeo abaixo).
Homem que caiu durante resgate tem corpo encontrado no Vale do Taquari
Como é o trabalho da polícia
Diretor do DHPP, delegado Mário Souza, a primeira dificuldade observada desde o início das cheias foi no registro das ocorrências de desaparecimento.
“Algumas pessoas não conseguiam fazer, simplesmente, o contato. Não só por não ter internet, não ter telefone, mas por estarem chocadas, impactadas. E, claro, outros tiveram o celular levado pelas águas, não tinham telefone, estavam em condição física difícil”, conta.
Depois do registro, as notificações são avaliadas pelo Gabinete de Inteligência da Polícia Civil. Logo em seguida, as informações são remetidas para uma equipe de policiais que analisa os dados das pessoas desaparecidas.
Policiais analisam perfis de desaparecidos após enchentes no RS
Reprodução/RBS TV
Os policiais percorrem abrigos, endereços de família e o local onde a pessoa foi vista pela última vez. Até um drone é utilizado nas buscas.
“Nós temos encontrado as pessoas em abrigos, na casa de familiares, em hospitais”, afirma Mário Souza.
Desde que esse trabalho começou, 237 pessoas já foram localizadas com vida. Segundo o DHPP, a lista oficial de desaparecidos está diminuindo gradativamente.
Para quem ainda não encontrou alguém, a orientação da Polícia Civil é realizar o registro em uma delegacia ou pelos canais da corporação:
Delegacia Online
0800 642 0121
Planilha com dados de pessoas desaparecidas após enchentes no RS
Reprodução/RBS TV
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