Comunidade pesqueira no sul gaúcho vive há semanas com águas nas paredes


Quase toda a Colônia foi invadida pela água foi invadida pela água e, mesmo depois de um mês do início das enchentes, mais da metade dos moradores está fora de casa. Famílias convivem com cheia no sul do Rio Grande do Sul.
TV Globo/Reprodução
O Canal São Gonçalo em Pelotas liga a Lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos. É onde vive uma comunidade pesqueira de 1.500 habitantes: a Colônia Santa Isabel.
Mesmo depois de um mês do início das enchentes, o Canal São Gonçalo ainda não recuou na comunidade de Santa Isabel. Uma família local permanece completamente ilhada e não tem como sair de casa. A rua foi tomada pela água.
Na casa é possível ver nas paredes a altura que a água chegou. Uma cena de muitas dificuldades que reflete a dureza que tem sido esse mês de maio aqui para a comunidade.
Quase toda a Colônia foi invadida pela água. Até hoje, mais da metade dos moradores está fora de casa. A pescadora Celina Hepp Luch perdeu tudo.
“Só o que eu consegui salvar daqui da minha casa foram os meus filhos. Estou morando de favor junto com o meu sobrinho porque eu não tenho nada”, diz.
Santa Isabel ainda convive com a cheia da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.
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Para piorar, os moradores estão sem água potável. “A gente está tomando água da enchente há três dias porque nós não temos água”, diz a também pescadora Irene Hepp Luch.
A família de Jemerson Silva, pescador, teve que sair de casa às pressas. Agora tenta recuperar o que sobrou.
“Se não é um vizinho apoiar o outro. É difícil, dói e não sou só eu, é todo o povo de Santa Isabel. É muito doído, mas só a gente sentindo. Eu tô falando por eles também, como eles vão falar por todo mundo, um apoiando o outro”, diz.
Casa do Jemerson ainda está com água em Santa Isabel.
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A Prefeitura de Arroio Grande disse que já restabeleceu o fornecimento de água e que, na semana que vem, vai distribuir mais cestas básicas. Informou ainda que oferece apoio ao abrigo da região, que fez um mutirão para cadastrar os auxílios emergenciais do governo do estado e federal, e que negocia o adiantamento do seguro-defeso.

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