Famílias ficam acampadas em rodovia no RS mesmo após enchente baixar e relatam casas danificadas: 'Tudo destruído'


Moradores do bairro Humaitá não conseguem habitar suas casas devido à destruição e sujeira causadas pela enchente. Famílias vítimas das chuvas no RS acampam em ruas e rodovias há quase um mês
Mesmo com a água baixando após dias sem chuva, moradores do bairro Humaitá, em Porto Alegre, não conseguem habitar suas casas, devido aos estragos e à sujeira causados pelos mais de 20 dias de cheias. Nesta quinta-feira (30), famílias acampavam às margens da BR-116.
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Em entrevista à GloboNews (assista acima), o caminhoneiro Giovani Nascimento de Oliveira disse que chegou até sua casa, mas não conseguiu permanecer.
“Tá tudo destruído. Comecei limpando pela cozinha. Ainda não saí da cozinha. Perdi tudo. Geladeira, fogão, as roupas de inverno. Nós deixamos [as roupas] dentro de uma caixa de papelão, em cima do roupeiro. A água pegou no forro. Até as roupas de inverno [a enchente] pegou”, contou.
Giovani improvisou uma espécie de acampamento dentro do seu próprio caminhão, onde ainda abrigou outras famílias. Outros moradores estão espalhados em barracas.
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Reprodução/Globonews
Eles relatam preferir não ir para abrigos, por medo de saques. À reportagem, contaram que, durante os dias de enchente alta, se revezavam em idas de barcos até as casas, para conferir se estava tudo “ok”.
A enchente que assolou o Rio Grande do Sul já deixou 169 pessoas mortas, 44 desaparecidas e 626,7 mil fora de casa, segundo dados da Defesa Civil da manhã desta quinta-feira (30).
Desde quarta-feira (28), a maior parte do estado não registra chuvas. Porém as temperaturas baixaram, inclusive com previsão de geada para a madrugada de sexta (31).
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