'Iniciativa que aquece o coração': voluntárias montam lavanderia solidária para atingidos por enchente em Porto Alegre


Elas já lavaram roupas para mais de 1,5 mil pessoas e 300 animais. Público são aqueles que estão em abrigos públicos após os temporais que assolaram o Rio Grande do Sul. Voluntárias montaram lavanderia voluntária para atingidos por enchentes em Porto Alegre
RBS TV/Reprodução
Uma corrente de solidariedade tem se formado ao redor do Rio Grande do Sul depois das enchentes que assolaram o estado e um dos elos foi forjado por duas voluntárias de Porto Alegre.
Amanda Santos e Bruna Rabello montaram uma lavanderia voluntária para lavar roupas de pessoas que ficaram desabrigadas e recebem acolhimento em abrigos públicos na Capital.
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Desde segunda-feira (13), já atenderam mais de 1,5 mil pessoas e 300 animais em 14 abrigos. São elas que vão até os locais, recolhem o que precisa ser lavado e, depois, devolvem para quem precisa.
“É uma iniciativa que aquece o coração. Muitos abrigos não têm um local apropriado para que as roupas sejam lavadas ou sequem. Acontece muito das pessoas usarem roupas e, por estarem molhadas ou sujas, depois descartarem porque não tem como lavar. Foi pensando nisso que montamos a lavanderia”, conta Bruna.
O local escolhido para a lavanderia foi a casa da mãe da Bruna, que pegou junto com as duas a iniciativa solidária, na Avenida Juca Batista, no bairro Hípica. O espaço conta com oito máquinas de lavar e oito de secar, todas fruto de doação. Elas são instaladas e recebem manutenção também por voluntários.
Sobe para 154 o número de mortos nas enchentes no Rio Grande do Sul
Doações, inclusive, que a lavanderia ainda precisa para continuar funcionando – e até atender mais gente.
“Aceitamos doações de sabão em pó, líquido, amaciante, luvas, máscaras, sacos, cestos e também em dinheiro”, explica Bruna.
Um perfil nas redes sociais foi criado para isso, que também documenta o dia a dia da lavanderia voluntária. Há pontos de coleta também, que ficam nas avenidas da Cavalhada, 6.677, e Carlos Barbosa, 95.
Saiba como ajudar e fazer doações
Máquinas de lavar em lavanderia voluntária em Porto Alegre
RBS TV/Reprodução
Guaíba expulsou pessoas de casa
O nível do Guaíba segue caindo em Porto Alegre. Conforme medição da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no cais Mauá, o lago estava em 4,7 metros às 9h15 desta sexta.
Na quinta (16), o Guaíba caiu abaixo de 5 metros pela primeira vez desde segunda (13). Depois de atingir o nível máximo de 5,25 metros na terça (14), a altura foi baixando, de forma lenta e gradual.
Moradores que precisaram sair de casa depois que o lago transbordou e avançou sobre ruas, principalmente nos bairros das regiões Norte, Central e Sul, já começam a voltar. O aeroporto Salgado Filho e a estação rodoviária seguem inundados. São 13,9 mil que estão acolhidas em 155 abrigos, de acordo com a prefeitura.
O Guaíba ainda está acima da cota de inundação, que é de 3 metros, situação que deve se manter pelos próximos dias.
Homem anda por rua totalmente alagada em Porto Alegre no dia 16 de maio de 2024
Adriano Machado/Reuters
Tragédia no RS
Os temporais mataram 154 pessoas entre o fim de abril e a primeira quinzena de maio no RS. Conforme a Defesa Civil, 104 pessoas estão desaparecidas. São 617 mil pessoas fora de casa. Deste total, 540,1 mil estão desalojados (em casas de amigos ou parentes) e 77,2 mil foram acolhidos em abrigos.
Enchentes no Rio Grande do Sul: bairro de São José, na cidade de Lajeado, em 16 de maio de 2024
Nelson Almeida/ AFP
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