Dados serão disponibilizados aos ministérios da Saúde e da Defesa para que, em caso de interesse, possam entrar em contato com esses profissionais. O nível da água sobe na Lagoa dos Patos, causando pontos de alagamentos – 16 de maio de 2024.
EDUARDO RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO
2.822 médicos de todo o país se inscreveram para atuar como voluntários no atendimento das vítimas do Rio Grande do Sul. Os dados foram divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta sexta-feira (17). O número não contempla o voluntário que foi para o RS por conta própria ou através de outras entidades médicas.
“O povo gaúcho vai precisar de atendimento médico e agora vão aparecer as doenças oportunistas, como leptospirose e outras doenças que vão acometer essa população. E o médico vai ser fator fundamental no atendimento dessas pessoas”, diz José Hiran Gallo, presidente do CFM.
O presidente do CFM explica que os dados dos médicos coletados pelo CFM serão disponibilizados aos ministérios da Saúde e da Defesa para que, em caso de interesse, possam entrar em contato com esses profissionais.
“Vamos entregar todos os dados para o governo, para que possam acionar esses médicos para o atendimento humanitário da população gaúcha. Vamos enviar a mesma lista também para o governador Eduardo Leite, para que ele tome conhecimento”, ressalta.
Segundo o levantamento do CFM, 59% dos voluntários inscritos têm experiência em calamidade pública. Além disso, a maioria dos profissionais tem de 26 a 35 anos e não possui nenhuma especialidade clínica. Dos 2.822 voluntários, 1.345 moram no Sudeste – São Paulo concentra o maior número de médicos cadastrados: 738.
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Mais de 150 mortes no RS
O estado já registrou 154 mortes por causa das enchentes. Segundo relatório da Defesa Civil, divulgado na manhã desta sexta-feira (17), 98 pessoas estão desaparecidas e 106 feridas.
O governo estima que a população afetada pelo evento climático seja de 2,2 milhões de gaúchos. Dos 497 municípios do RS, 461 registraram transtornos.
Desabrigados pelas chuvas em abrigo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 8 de maio de 2024
Nelson Almeida/ AFP
