Nível do Guaíba atinge a marca de 5,16 metros às 15h desta quarta-feira (13) e desce alguns centímetros em comparação com a noite passada, quando chegou a 5,25 metros. Ruas que estavam alagadas secaram em razão do funcionamento das casas de bomba na Capital. Água começa a descer na região de Porto Alegre
A água que atingiu bairros próximos ao Guaíba, em Porto Alegre, começou a baixar, e com isso moradores e comerciantes começaram a retomar a rotina, que havia sido afetada desde 2 de abril, quando o lago ultrapassou a cota de inundação.
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O nível da água desce em razão do funcionamento do sistema anticheias, que falhou, de acordo com cientistas. Com o funcionamento das casas de bomba, que mandam a água para fora da cidade em direção ao lago, a população passou a deparar com as consequências das enchentes.
Os temporais que já vitimaram 149 pessoas e afetaram 2,1 milhões de pessoas em todo o Rio Grande do Sul também deixaram residências e comércios inteiros destruídos. É o caso do empresário Alexandre Vieira, que colocou tudo que pôde da loja no carro e agora contabiliza o prejuízo.
“Muita coisa lá dentro. Tudo embaixo da água. Mais de um metro de água subiu ali. O que ficou lá dentro de maquinário estragou tudo. Não tem o que a gente fazer. É deixar secar agora e ver o tamanho do prejuízo”, afirma.
Empresário contabiliza os prejuízos em Porto Alegre
Reprodução/TV Globo
O lixo decorrente da enchente está está acumulado em pontos turísticos da Capital, como a Orla do Guaíba. Além disso, a água deixou submerso móveis e objetos familiares que agora precisam ser descartados.
Iara Maurente é uma entre as mais de 614 mil pessoas que precisaram sair de casa por conta dos temporais. Após dias, conseguiu retornar, mas em razão da cheia, perdeu quase tudo, e agora mantém vivo o espírito solidário com quem passou por maiores dificuldades.
“Diferente de milhares de pessoas tem uma casa pra voltar a limpar, tem gente que não tem mais uma parede, não tem mais um teto. Isso é muito muito triste. Essa é a parte que mais dói”, revela.
De acordo com o diretor de Limpeza e Coleta de Porto Alegre, Alexandre Friedrich, diversos veículos operam para suprir a demanda de higienização da cidade. São pessoas que trabalham em horários distintos, caminhões contratados e maquinários.
Diretor de Limpeza e Coleta de Porto Alegre fala sobre serviço
Reprodução/TV Globo
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