Conforme relatório divulgado pela Defesa Civil, são, ao todo, 615 mil pessoas fora de casa em consequência das enchentes. Desse total, 77,4 mil estão em abrigos e 538,2 mil estão desalojados (em casas de amigos ou parentes). Desabrigados pelas chuvas em abrigo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 8 de maio de 2024
Nelson Almeida/ AFP
O número de moradores fora de casa após os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril é superior à população de oito capitais brasileiras. De acordo com o relatório mais atualizado da Defesa Civil, 615 mil pessoas foram atingidas. São 538,2 mil gaúchos desalojados (em casas de amigos ou parentes) e outros 77,4 mil em abrigos.
O quantitativo é maior que as populações de Rio Branco (AC), Macapá (AP), Vitória (ES), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Aracaju (SE) e Palmas (TO). Os números levam em consideração os dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Veja gráfico abaixo)
O governo do estado afirma que, em razão do volume de chuva que atingiu o RS nas últimas 48 horas, os rios Caí e Taquari vão sofrer elevações rápidas, atingindo a cota de inundação. Posteriormente, essas águas vão chegar ao Jacuí e ao Guaíba.
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Prefeitos e equipes das Defesas Civis têm feito apelos para que moradores de áreas de risco não retornem para suas residências. Ginásios, escolas e igrejas são usados como abrigos.
O Guaíba marcou 5,20 metros na manhã desta terça (14) e voltou a avançar sobre ruas. Moradores do bairro Lami, na Zona Sul de Porto Alegre, deixaram suas casas no dia mais frio do ano na Capital.
PIX aos afetados
O governador Eduardo Leite anunciou os critérios das famílias que se enquadram para receber o PIX SOS Rio Grande do Sul e que podem iniciar o processo de recuperação e reconstrução de suas residências. O Comitê Gestor do PIX definiu que serão destinados R$ 2 mil por família afetada.
Receberão os benefícios:
Desabrigadas ou desalojadas como consequência do evento climático, residentes nos municípios que tiveram situação de calamidade reconhecida pela Defesa Civil;
Inscritas no CadÚnico ou no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF);
Que não tenham sido contempladas pelo programa Volta por Cima;
Tenham renda familiar de até três salários mínimos.
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Sebastiao Moreira/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC
Guaíba de novo a 5 metros
Na segunda-feira (13), o Guaíba voltou a superar os 4,76 metros da enchente histórica de 1941. Durante a tarde, o nível do lago já ultrapassava 5 metros, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
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O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) projeta que o nível máximo do Guaíba pode alcançar em torno de 5,50 metros nesta terça – mais que o recorde batido na última semana, de 5,35 metros.
A Prefeitura de Porto Alegre construiu uma barricada improvisada em frente à Usina do Gasômetro, região central da cidade, para conter o avanço das águas do lago. As barreiras têm 1,80 metro e foram montadas com dois andares de sacos de areia.
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