Catarinense achado morto após viajar ao RS para casamento e desaparecer nas chuvas é sepultado na cidade natal


Casamento aconteceria em 30 de abril, quando Carlos Wolfart, de 41 anos, desapareceu. Corpo foi encontrado na quarta-feira. Carlos Wolfart é uma das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul
Carlos Wolfart, homem de 41 anos que morreu após ser arrastado por uma correnteza durante o desastre climático no Rio Grande do Sul, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (10). O enterro ocorreu no interior de Itapiranga, no Oeste de Santa Catarina, cidade natal da vítima.
Wolfart estava no estado vizinho para ser padrinho do casamento do cunhado, que aconteceria em 30 de abril, quando desapareceu. O corpo dele foi localizado na quarta-feira (8).
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A vítima chegou a se abrigar em uma árvore, enquanto esperava o resgate, mandou um áudio para a esposa em meio ao alagamento, contou a irmã dele, Milena Wolfart.
“Ele ainda falou no último áudio que ele deixou ‘só por Deus, só por Deus’, e pediu para a filha dele cuidar bem da mãe”, disse.
O desaparecimento aconteceu em Sinimbu, no Rio Grande do Sul. O catarinense ficou ilhado após sair do sítio onde estava, com a esposa e os dois filhos, para verificar se havia passagem na região atingida pela chuva. Ele, porém se deparou com água no caminho.
O cunhado da vítima conseguiu o apoio de alguns amigos com motos aquáticas para chegar até a vítima, mas o salvamento não foi possível.
“Eles chegaram em torno de 25 a 30 minutos mais tarde, e a árvore já tinha ido embora, a que ele [Carlos] estava em cima”.
A esposa e os filhos da vítima ficaram ilhados no sítio onde estavam e precisaram ser resgatados de helicóptero.
Catarinense mandou áudio se despedindo de família antes de desaparecer
Catarinense viajou para o RS para casamento é achado morto
Corpo de catarinense desaparecido no RS após 8 dias de enxurrada que o levou é encontrado ‘tentativas foram em vão’
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Como tudo aconteceu
De acordo com Milena, o irmão saiu do sítio onde estava abrigado por volta das 6h de 30 de abril. Como não retornou, a esposa dele entrou em contato e ficou sabendo que o catarinense estava ilhado. A última mensagem que ele trocou com a família foi às 15h16.
“O cunhado dele que ia casar nem pensou mais no casamento. Foi atrás de bombeiros, de helicóptero, de um monte de coisas para tentar conseguir tirar ele dali. Só que todas as tentativas foram em vão”, disse Milena.
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