Efetivo chegará a 300 profissionais até a próxima semana, segundo o Ministério da Justiça. Pelo menos 11 pessoas foram detidas por crimes nos abrigos. Equipes da Força Nacional em abrigo no Rio Grande do Sul
Força Nacional/ Ministério da Justiça/Divulgação
Homens da Força Nacional vão ajudar na segurança dos abrigos no Rio Grande do Sul, que acolhem pessoas que saíram de casa em razão dos temporais e cheias já deixaram 136 mortos no estado.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na tarde deste sábado (11) e ocorre após a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado confirmar a prisão de pelo menos 11 pessoas por crimes nos abrigos.
Segundo a pasta, o efetivo será de 300 profissionais até a próxima semana. Os militares já estavam auxiliando, por exemplo, nos resgates das pessoas atingidas pelos temporais e também no policiamento ostensivos em algumas cidades do estado.
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Nesta sexta (10), o governador Eduardo Leite (PSDB) disse que o estado vai auxiliar a prefeituras nos abrigos. Já a Polícia Civil informou que faz rondas nos maiores abrigos durante 24 horas, e que as menores estruturas são monitoradas em ações pontuais.
Cerca de 1 mil policiais militares aposentados também foram convocados para reforçar a segurança em abrigos. Esses agentes não podem ser destacados para o policiamento nas ruas.
No caso de Porto Alegre, a prefeitura anunciou a criação de um abrigo emergencial exclusivo para mulheres e crianças. A unidade vai ser instalada no Foro Regional do Partenon, da Justiça do RS, na Zona Leste da capital. Também foram contratados serviços de vigilância privada para os abrigos do município.
De acordo com o governo, até o momento, mais de 2 mil pessoas foram resgatadas pelas polícias federais, que contam com o apoio de embarcações, botes, jetskis e viaturas.
Temporais no RS
Além das 136 mortes confirmadas até a tarde deste sábado, no boletim da Defesa Civil também constam 125 desaparecidos e 756 feridos.
O estado ainda registra 441,3 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 71,3 mil pessoas em abrigos e 339,9 mil pessoas desalojadas (na casa de parentes ou amigos).
Do total de 497 municípios gaúchos, 444 relataram problemas decorrentes da chuva. A situação afeta 1,95 milhão de pessoas.