Investigação analisa gravações apresentadas à polícia. Diligências também são realizadas para identificar novas testemunhas e obter outras evidências que colaborem para elucidação dos fatos. As investigações continuam pela Decradi (Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância), que já tem um inquérito aberto para apurar o caso.
Entenda o caso:
Em depoimento à polícia, o casal contou que começou a ser atacado pela mulher ao tentar parar o carro no estacionamento da padaria. Segundo o relato, havia três pessoas em pé no local, paradas na vaga. Quando eles se aproximaram para estacionar, duas pessoas saíram, mas uma mulher teria permanecido parada, com os braços cruzados, até ser retirada pelo homem que estava com ela. As informações são da SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.
Mulher teria ficado contrariada, retornado até onde o carro estava estacionado, empurrado o retrovisor do veículo e começado a gritar com o casal usando termos homofóbicos, como “viados”. Ela também teria atirado um cone na direção deles. Uma das vítimas chegou a ser atingida.
Confusão continuou dentro da padaria, onde foi parcialmente gravada pelo casal, que divulgou os vídeos nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o momento em que uma das vítimas questiona por que a mulher está “alterada”. “Você está alterada. Tá maluca, porr*? Por que você está alterada? A gente só queria estacionar o carro”, diz.
Em seguida, a mulher continua os ataques, chamando-os de “viados”. “Tirei sangue seu foi pouco. E os valores estão sendo invertidos. Eu sou de família tradicional. Eu sou branca. Olha a hipocrisia. O mimimi. Chama a polícia. Vamos ver quem vai preso aqui”, disse, em tom irônico, quando o casal ligou para a polícia.