IGP-M tem alta de 1,83% em fevereiro, aponta FGV – Notícias




O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) teve alta de 1,83% em fevereiro, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). O balanço divulgado nesta sexta-feira (25) mostra que o indicativo teve queda de 2,53% em comparação com fevereiro de 2021. Em janeiro, a taxa cresceu 1,82%.


Com o resultado, o IGP-M acumula alta de 3,68% em 2022 e 16,12% nos últimos 12 meses, informou a FGV. Em fevereiro do ano passado, o acumulado nos últimos 12 meses apontava crescimento de 28,94%. O índice é usado como base para o reajuste do aluguel de imóveis em todo o país.


O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) também apresentou alta em fevereiro, de 2,36%. A taxa é um indicativo dos preços no atacado. Em janeiro, o crescimento foi de 2,30%. No varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) caiu de 0,42% em janeiro para 0,33% em fevereiro. O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) também apontou queda, de 0,64% em janeiro para 0,48% em fevereiro.





“A inflação ao produtor fechou o mês de fevereiro sob influência dos preços de grandes commodities, como soja (de 4,05% para 8,91%), milho (de 5,64% para 7,92%) e combustíveis, com destaque especial para o óleo diesel (de 2,30% para 5,53%). A contribuição desses três itens respondeu por 45% da taxa apurada pelo IPA”, informou o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz.








Preços ao consumidor





Em relação ao IPC de 0,33%, ante 0,42% em janeiro, a variação foi causada por decréscimo em cinco das oito classes de despesa. No grupo Educação, Leitura e Recreação, a redução foi de 0,94% para -0,10%. No item cursos formais, a taxa passou de 4,27% em janeiro para 2,02% em fevereiro.


Em Vestuário, a queda foi de 1,17% para 0,20%. Em Habitação, o índice foi de 0,33% em janeiro para 0,13% neste mês. Alimentação apresentou queda de 1,15% para 1,08%, enquanto em Saúde e Cuidados Pessoais a queda foi de 0,07% para 0,05% – nesse segmento, o item roupas caiu de 1,29% para 0,32%; condomínio residencial, de 1,45% para 0,01%; frutas, de 8,51% para 3,64%; e plano e seguro de saúde, de -0,29% para -0,49%.





O grupo Transportes apresentou aumento de -0,17% para 0,26%. Em Comunicação, a alta foi de 0,13% para 0,38%, e em Despesas Diversas, de 0,14% para 0,16%. Os itens destacados no levantamento são gasolina (de -1,62% para -0,89%), tarifa de telefone residencial (de 0,29% para 1,28%) e conselho e associação de classe (de 0,59% para 1,85%).


O INCC é composto de três grupos e em dois deles houve aumento. Em Materiais e Equipamentos, a taxa caiu de 1,05% para 0,56%, mas houve alta em Serviços (de 1,28% para 1,69%) e Mão de Obra (de 0,14% para 0,19%).








Índice ao produtor amplo





A alta de 2,36% no IPA foi puxada principalmente pelo resultado do subgrupo dos alimentos in natura. A taxa passou de 1,11% em janeiro para 6,89% em fevereiro, segundo a FGV.


O segmento faz parte do grupo Bens Finais, que variou 1,21% neste mês (em janeiro, o número variou positivamente em 0,75%). Quando excluídos os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, o grupo Bens Finais apresentou crescimento de 0,69% em fevereiro, contra 0,90% no mês anterior.


No grupo Bens Intermediários, a variação foi de 1,05% em janeiro para 1,50% em fevereiro. O levantamento mostra que o principal responsável pela alta foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção – o percentual passou de -0,19%, em janeiro, para 5,40%, neste mês. Quando excluído o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, a variação em fevereiro foi de 0,85% em fevereiro (no mês passado foi de 1,26%).


No grupo Matérias-Primas Brutas, o índice caiu de 4,95% em janeiro para 4,16% em fevereiro. A redução foi proporcionada pelos itens minério de ferro (de 18,26% para 5,49%), bovinos (de 1,94% para 0,47%) e mandioca (de 3,89% para 0,26%). Alguns produtos tiveram aumento no período. Foi o caso de soja em grão (de 4,05% para 8,91%), algodão em caroço (de 0,49% para 11,57%) e aves (de -5,59% para  -0,11%).

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