Os banidos do futebol pela Fifa, Ricardo Teixeira, Rico Terra e Marco Polo “que não viaja” Del Nero são notícia novamente porque sonham em voltar a dar as cartas no jogo sujo da Casa Bandida do Futebol.
Aproveitam o momento de fraqueza de Ednaldo Rodrigues, o baiano em vias de desmoralizar a máxima de que em sua terra “burro nasce morto”, e procuram um novo testa de ferro que restabeleça as benesses de que gozavam até verem a fonte secar.
Rodrigues fechou torneiras, mas expôs a seleção brasileira em campanha ruim nas eliminatórias, descuidou das arbitragens a ponto de desmoralizar o VAR, tirou zero na organização do jogo contra a Argentina no Maracanã e, com medo da sombra, isolou-se.
Não satisfeito, instalou equipamentos de espionagem pelo bunker da CBF, estimulou divisões para reinar, e cercou-se de novas velhas figuras da corte do futebol, como um herdeiro dos Zveiters de triste memória, Flavio, e acrescentou outras como o discípulo do folclórico antigo presidente da federação carioca Caixa D’Água, Pedro Trengouse.
De repente o presidente descobriu que o serpentário da Barra da Tijuca nada tem a ver com a malemolência do Farol da Barra e viu-se cercado por interesses contrariados e conflitantes.
Zveiter queria mais e abandonou o barco para engrossar a quinta coluna, sem saber ao certo se deveria servir à CBF ou aos clubes na tentativa, fadada à novela, da Liga.
Trengouse, especialista em estar perto do poder, dança de acordo com a música e enriquece o currículo com títulos para inglês ver.
Rodrigues poderia ter faturado a melhor média de público do Campeonato Brasileiro mais equilibrado de todos os tempos, mesmo que a CBF tenha pouco a ver com a presença do torcedor, e não foi capaz.
Desconfiado até da sombra prometeu entrevistas que jamais concedeu sem entender que por meio delas entregaria os maus feitos descobertos nas gestões de seus antecessores.
Talvez tenha prevalecido a velha lei do silêncio, a que estão submetidos todos aqueles que sabem o que cada um fez no verão passado.
A questão que levou a Justiça a afastá-lo do cargo envolve mais sua solidão que questões técnicas do Judiciário, embora, cá entre nós, a mudança de peso dos votos das federações estaduais seja, em si mesma, um escândalo: saibam a rara leitora e o raro leitor que o voto da federação de Brasília tem peso 3 e o do Flamengo apenas 2.
Com o que as 27 federações estaduais, que você pode chamar de Capitanias Hereditárias, asseguram a maioria contra os 40 clubes das séries A e B, os primeiros 20 com peso 2 e os demais 20 com peso 1.
Perde-se tempo e espaço sempre que o assunto volta à baila, pelo que a coluna pede desculpas neste momento em que o Fluminense disputará o Mundial de Clubes, em que a Premier League pega fogo, a Champions começa a esquentar e o pequeno Girona lidera o Campeonato Espanhol.
Enfim, são coisas nossas, como cantava o imortal Noel Rosa.
Como estamos vivendo o sacrossanto espírito natalino, saiamos pela tangente delicada para atribuir a volta dos que jamais deveriam ter chegado ao açúcar que adocica a cadeira do presidente da CBF.
Já tivemos de tudo por ali: corrupção desenfreada, assédio sexual e moral, incompetência ilimitada, e até um cidadão de bem, conservador é verdade, mas competente e ilibado: se chamava Giulite Coutinho.
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