O Roda Viva desta segunda-feira (27) discute a vitória de Javier Milei na Argentina. A posse do novo presidente será no dia 10 de dezembro, mas as polêmicas com o Brasil já começaram.
Para responder todas questões sobre o tema, o programa recebe o economista Fabio Giambiagi, brasileiro criado na Argentina e especialista em finanças públicas.
No programa, o especialista fala sobre o arcabouço fiscal, medida que apresenta um conjunto de regras para o controle das contas públicas. Ou seja, é um substituto do teto de gastos, implementado durante o Governo Temer.
Na prática, o crescimento das despesas da União pode ser maior que o da inflação oficial do país, desde que se encaixe em um intervalo de 0,6% a 2,5% ao ano. Caso as contas fiquem dentro da meta, os gastos ficam limitados a um aumento de 70% com relação às receitas primárias.
Para o economista Fabio Giambiagi, a política econômica vai acabar no próximo governo.
“Há uma incompatibilidade intrínseca entre a regra geral do arcabouço e as regras particulares das quais o governo é a favor. O arcabouço não vale para 2023, e também não vai valer para 2024, ele vai vigorar mesmo em 2025 ou 2026. Nós estamos vendo as críticas que o próprio Partidos dos Trabalhadores dirige ao arcabouço agora, quando o gasto está voando. isso vai ser brincadeira de criança diante da tensão interna que o governo vai viver em 2025 e 2026 a caminho das eleições gerais de 2026″, afirma.
“O crescimento total do gasto terá que ser contido pela regra em alguma coisa em torno de 1,5 ou 2%. Eu acho que o arcabouço não vai sobreviver ao próximo governo”, completa.
A bancada de entrevistadores será formada por Alberto Gaspar, apresentador do programa Legião Estrangeira, Eleonora Gosman, correspondente do Perfil, Luciana Dyniewicz, repórter do Estadão, Leda Balbino, editora do Jornal O Globo, e Sergio Lamucci, editor-Executivo do Valor Econômico.
Assista ao programa completo:
Com apresentação de Vera Magalhães, o programa vai ao ar ao vivo a partir das 22h na TV Cultura, no site da emissora, no app Cultura Play e nas redes sociais X (o antigo Twitter), YouTube, Tik Tok e no Facebook.