Os torcedores que foram ao Maracanã acompanhar a provável última partida de Lionel Lionel Messi como jogador profissional no Brasil não viram uma grande atuação. Os episódios de violência antes de a bola rolar, com briga na arquibancada, chamaram mais a atenção do que os lances do craque, que recebeu vaias e aplausos no Maracanã.
“A gente viu como eles estavam batendo nas pessoas. A polícia, como aconteceu na final da Libertadores, mais uma vez reprimindo as pessoas com paus, alguns jogadores tinham família lá. Naquele momento, a gente não sabia o que estava realmente acontecendo e ficamos prestando mais atenção nisso do que em jogar o jogo, que se tornou secundário”, afirmou.
Apesar disso, o atleta de 36 anos celebrou a vitória por 1 a 0 sobre o Brasil, algo que ele chamou de “muito lindo”. Jamais a seleção brasileira havia perdido em casa nas Eliminatórias da Copa do Mundo, o que ampliou o orgulho dos argentinos, que vêm de conquistas na Copa América e no Mundial. “A verdade é que este grupo continua a conquistar coisas históricas.”
Celebrado pelos torcedores alvicelestes, Messi ganhou também aplausos de parte do público que vestia verde e amarelo. Esses aplausos foram abafados por vaias, em cena repetida quando ele foi substituído, com dores musculares, aos 32 minutos do segundo tempo. Nesse momento, alguns dos brasileiros aplaudiram de pé.
A Argentina já vencia por 1 a 0, graças a um gol de cabeça de Otamendi, e a paciência da torcida do Brasil estava se esgotando. Já no finalzinho do jogo, explodiram gritos de “olé” em forma de protesto, enquanto os jogadores visitantes trocavam passes. Parte do público gritou “time sem vergonha”.
Após o apito final, a maioria dos argentinos permaneceu na arquibancada, fazendo sua festa. Messi e seus companheiros se dirigiram até eles, justamente no setor onde ocorrera a confusão –que atrasou o início do jogo em 28 minutos–, e celebraram o triunfo que os deixou na liderança das Eliminatórias Sul-Americanas. O Brasil está apenas em sexto.