O Magazine Luiza (MGLU3) anunciou sua intenção de adesão ao programa “Remessa Conforme”, uma iniciativa não obrigatória do governo que estabelece diretrizes para promover a conformidade fiscal no comércio eletrônico.
Este programa já conta com a participação de gigantes do comércio eletrônico internacional, como Shein, Shopee e AliExpress, que se beneficiam de isenções de imposto de importação, pagando uma alíquota de 17% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) conforme estipulado pelo governo.
De acordo com informações divulgadas pelo Valor Econômico, a varejista Magazine Luiza planeja operar no modelo “cross border”, que permite o transporte de produtos entre países de forma semelhante ao que empresas como Shein já fazem, aproveitando também os benefícios do programa “Remessa Conforme”.
A estratégia do Magazine Luiza envolve atuar com uma ampla variedade de produtos em diferentes categorias e faixas de preço. No entanto, para a faixa de mercadorias com valores mais baixos, até aproximadamente R$ 250 (US$ 50), a empresa planeja participar do programa. Essa decisão faz parte de uma estratégia de complementaridade em relação à operação atual do marketplace do grupo.
O Money Times contatou o Magazine Luiza, que confirmou sua intenção de solicitar adesão ao programa “Remessa Conforme”. Essa medida demonstra o compromisso da empresa em buscar eficiência operacional e conformidade fiscal em suas operações de comércio eletrônico.
Qual o plano do Magazine Luiza?
Diante desse cenário, o Magazine Luiza está empenhado em encaminhar a documentação necessária à Receita Federal ainda esta semana para formalizar sua adesão ao programa “Remessa Conforme”. Conforme relatado por Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magalu, ao Valor Econômico.
A empresa já havia iniciado uma operação de “cross border”, mas em uma escala mais restrita, focada principalmente no envio de itens dos Estados Unidos para o Brasil. Nesse contexto, o novo plano contempla a celebração de parcerias com operadores logísticos, que serão encarregados de coleta, armazenamento e distribuição de remessas, além da integração desse sistema com a empresa. A estratégia também inclui a expansão da importação de mercadorias de outros mercados, com destaque para a China.
De acordo com o executivo, “Já estamos em contato com alguns parceiros logísticos para avaliar um acordo, e esse parceiro será responsável por ‘sourcing’ e logística de entrega ao Brasil. Nesse primeiro momento, iniciamos com o cross border no Magalu e depois vamos expandir para as demais marcas do grupo.” O Magazine Luiza busca, assim, fortalecer sua posição no comércio eletrônico, ampliando suas operações e oferecendo uma gama mais abrangente de produtos aos seus clientes.