Melhor currículo para vaga de emprego com dicas importantes

 

“O mais importante é ser objetivo e sucinto. A pessoa tem que pensar que através desse documento ela será chamada para uma entrevista”, afirma Flávia Mentone, coordenadora de recursos humanos do Centro de Apoio ao Trabalhado (CAT), da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo de São Paulo.

Segundo Flávia, os candidatos devem adequar o currículo ao tipo de anúncio ou a plataforma em que as informações serão cadastradas. Em um site de empregos, o currículo pode ser mais genérico, já que não é possível saber quais empresas vão procurá-lo. Por outro lado, ao enviar o documento diretamente para a companhia, o ideal é prepará-lo somente para a vaga em questão.

Veja dicas para preencher cada etapa do currículo:
1 – Dados pessoais
O início do currículo deve apresentar o profissional, com nome completo, idade, estado civil, endereço, cidade, região, telefone (celular, residencial ou para recados) e e-mail. Não é preciso informar o CEP.
2 – Objetivo
Neste tópico, os profissionais precisam escrever de forma direta para que a empresa veja qual é a posição de interesse. Os candidatos não devem colocar diversos objetivos juntos.
3 – Resumo de qualificações
É importante que os candidatos aproveitem esse espaço para colocar informações positivas sobre sua carreira. O objetivo é chamar atenção para que o recrutador leia o currículo até o final. Nesse item, o profissional deve pensar quais habilidades, conhecimentos e experiências que ele possui seriam positivos para a posição e companhia. A partir dessa resposta, é possível selecionar o que será colocado no resumo.
4 – Formação acadêmica
O candidato deve colocar o último grau de escolaridade que possui, ou seja, quem não tem nível superior deve citar o nível médio, e assim por diante. Profissionais com MBA, pós-graduação ou curso técnico devem mencioná-los. A descrição deve ter o nome da instituição, curso e ano ou previsão de término.
5 – Experiência profissional
Candidato sem experiência pode citar eventuais trabalhos em empresa júnior ou no centro acadêmico da faculdade, colocando as atribuições e responsabilidades que tinha.
6 – Cursos complementares
Cursos extracurriculares ou de curta duração e workshops podem ser informados. É importante mencionar o nome da instituição, mês e ano de início e término e carga horária.
7 – Idiomas
O candidato precisar ser honesto e indicar seu real conhecimento do idioma, já que o recrutador poderá testá-lo durante a entrevista. A fluência pode ser categorizada como: básico, intermediário, avançado e fluente.
8 – Informática
O profissional pode informar seus conhecimentos em cada programa e categorizá-los. Quem fez curso na área pode colocá-lo seguindo o padrão usado nos cursos complementares.
9 – Outras informações
Neste campo, o candidato pode informar experiências internacionais e trabalhos voluntários. Atividades feitas fora do horário de trabalho podem ser citadas, desde que tenham relação com o emprego ou destaquem as qualidades do profissional.
10 – O que não colocar
– Foto (Só deve ser enviada quando empregador solicitar)
– Número de documentos
– Título “currículo vitae” ou “currículo”
– Pronomes pessoais (Ao invés de colocar “eu desenvolvi um projeto” substitua por “desenvolvimento de projeto”)
– Informações negativas (Profissionais que não possuem algum tipo de conhecimento não devem colocar essa informação. A melhor opção é não informar nada)
– Nome de pais, marido ou esposa e filhos
– Referências pessoais (Contatos de pessoas que podem falar sobre o profissional não devem ser indicados)
– Motivo de saída de empregos anteriores
– Pretensão salarial
– Cartas de referência
– Certificados de cursos realizados
– Data e assinatura

Primeiro emprego x experiência
“Cada profissional tem seu ponto forte e é isso que deve ser destacado”, ressalta Flávia Mentone, do CAT. Os jovens que estão em busca do primeiro emprego podem destacar sua formação acadêmica, conhecimento em idiomas ou informática e atividades voluntárias.

Segundo ela, é preciso exercitar o autoconhecimento para descobrir suas habilidades. “Algumas pessoas chegam ao CAT e dizem que não sabem fazer nada, mas isso não é verdade. Uma dona de casa, por exemplo, pode não ter trabalhado em uma empresa, mas tem que ser organizada para fazer um planejamento doméstico ou para mexer com fluxo de caixa.”

Objetivo profissional
Colocar o cargo pretendido ou objetivo é indicado quando os profissionais enviam o currículo diretamente para empresa ou para uma vaga específica. Os interessados devem mostrar interesse pela posição e também que possuem os requisitos necessários para preenchê-la. Já quando o trabalhador faz o cadastro em um site ou centro de empregos, ele pode elencar algumas funções que já tenha atuado ou que tenham relação com sua formação.

Currículo (Foto: Reprodução/Jornal Hoje)

Informar que está à disposição da empresa não é bem visto pelos recrutadores, alerta Flávia. “Isso vai passar a impressão de que o profissional quer qualquer coisa. Ele pode aceitar novos desafios, mas isso não quer dizer qualquer posição.”

A especialista ressalta que o objetivo deve variar de acordo com a vaga pretendida. “Geralmente o ideal é colocar o cargo para o qual a pessoa está se candidatando”, diz Flávia. Outra opção é não colocar o objetivo e destacar suas habilidades para a posição na carta de apresentação.

Apresentação do currículo
Erros de português são inaceitáveis no currículo. O candidato também precisa ter cuidado com a fonte do texto, escolhendo uma tradicional (Arial ou Times New Roman), e até com o tipo de papel usado para impressão. O ideal é que o documento tenha, no máximo, duas folhas.

Outro ponto que merece ser lembrado é o e-mail. Endereços eletrônicos com apelidos e nomes no diminutivo não devem ser colocados no currículo. O e-mail para contato profissional precisa ter somente o nome do trabalhador.

“É preciso ter uma postura profissional. O candidato deve ser visto pelas suas competências”, reforça Flávia.

 

 

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