Com uma decoração de arranha-céus que parece emular bairros de São Paulo, como o Itaim Bibi, o palco principal do The Town é imponente e tem uma área ampla. Mas nem todos conseguem ver plenamente os artistas em ação no Skyline.
A estrutura montada pelo festival dos mesmos criadores do Rock in Rio aproveita o Autódromo de Interlagos, na zona sul, de maneira diferente de outros eventos musicais realizados no mesmo espaço. Um exemplo é o Lollapalooza, que posiciona seus principais palcos na parte mais baixa dos declives do local.
Neste sábado, estreia do The Town, a estrutura que reproduz a paisagem de prédios tradicionais de São Paulo foi apresentada pela primeira vez ao público. Os dois maiores palcos, Skyline e The One, ficam mais ou menos de frente um para o outro, com uma área ampla entre eles.
A disposição facilita a movimentação e a fluência do público, e ambos os palcos têm caixas de som potentes. Especialmente no Skyline, é possível ouvir as músicas em alto volume e boa definição —algo que não aconteceu em muitos shows do Rock in Rio do ano passado e gerou críticas— mesmo nas áreas mais distantes.
Mas o desnível no solo acaba atrapalhando a visão no Skyline, que fica na parte de cima do relevo local, enquanto o The One fica embaixo. Essa localização acaba deixando a house mix, estrutura onde se controla o som do show, do palco maior bem no campo de visão do público.
Não há problema para quem está mais perto do palco, nas laterais ou na frente da house mix. Mas para a massa que fica atrás, a estrutura acaba ficando entre a plateia e o palco e, por conta do relevo, obstrui parte da visão.
Não chega a ser uma situação que compromete o espaço, e na pior das circunstâncias, ainda é possível assistir ao show pelos telões, que não são tão grandes quanto o esperado. Mas também não é a melhor maneira de se ver uma apresentação ao vivo.