O que queremos ver em uma possível sequência

Dado o fenômeno de bilheteria de “Barbie”, uma sequência do filme é apenas questão de tempo. Em duas semanas, o filme de Greta Gerwig já arrecadou US$ 780 milhões, e o sucesso ao levar o público às salas escuras, catapultado pelo meme tornado realidade “Barbenheimer”, provavelmente faz gritar na cabeça de executivos a palavra “continuação”, queiramos ou não. Então, o que podemos esperar de um inevitável “Barbie 2”?

Após a estreia do filme, Gerwig minimizou um retorno à Barbieland. “No momento, é tudo o que eu tenho. Me sinto assim quando finalizo qualquer filme, como se nunca fosse ter outra ideia e que já fiz tudo o que queria”, confessou ao jornal The New York Times. “Não quero esmagar o sonho de ninguém, mas, no momento, estou zerada.”

Ainda assim, a ideia já estava formada para executivos da Mattel. “Barbie, como uma marca, tem muitas iterações diferentes. A linha de produtos é vasta”, disse o CEO Ynon Kreiz para a revista Variety. “É um universo rico e uma marca ampla e elástica, em termos de oportunidades.”

Mesmo que parte do sucesso de Barbie se deva à originalidade da proposta (é, sim, o derivado de uma marca, mas é um filme que não se trata de um reboot, uma sequência ou qualquer drama inspirado em um crime real, algo raro esses dias), dificilmente fugirá dessa máquina de continuações e reboots. Por isso, reunimos alguns possíveis caminhos que um novo filme pode tomar.

Mais espaço para outros personagens da Barbieland. Claro, Margot Robbie e Ryan Gosling são ótimos, mas a Barbieland é vasta. As personagens de Ritu Arya e Nicola Coughlan, por exemplo, aparecem pouquíssimo no filme, e seria legal ver um pouco mais da funcionalidade e da lógica deste mundo, sob a perspectiva de outros seres e até mesmo, talvez, em outros lugares.

Aliás, por que não uma comédia romântica com Midge (Emerald Fennell) e Allan (Michael Cera)?

Quem é Ken? Depois de sua crise existencial e descoberta do patriarcado, o Ken de Ryan Gosling percebe que ele não sabe exatamente quem é além do namorado da Barbie. Afinal, seu trabalho é apenas praia. Por isso, vê-lo passar por uma jornada de autodescoberta pode render boas histórias.

Como a Barbie de Margot Robbie está lidando com o mundo real? Esta pergunta sozinha já poderia desencadear toda a história de uma sequência. Neste sentido, o filme deixaria totalmente para trás os tons pastéis da Barbieland, e focaria nessa adaptação da personagem. Poderia ser até mesmo uma espécie de “coming of age” tardio.

Barbie de volta à Barbieland. E se ela voltasse? Barbie poderia estar prosperando no mundo real, com tudo dando certo, mas precisar voltar para o seu mundinho cor de rosa para ajudar os amigos em algum novo desafio. Qual desafio? Cabe aos roteiristas descobrir.

Barbie encontra Skipper. Quando os executivos da Mattel descobrem que Barbie e Ken escaparam, eles relatam que algo semelhante aconteceu com Skipper, boneca criada para ser a irmã mais nova de Barbie. Se as duas se encontrassem, uma possível sequência poderia explorar noções de família e afeto.

A história de origem da Barbie Estranha. É seguro dizer que a estelar Kate McKinnon rouba a cena em qualquer projeto do qual participe, e ela tem funções essenciais no dinamismo do roteiro de “Barbie”. Não seria uma má ideia descobrir como ela se tornou a “Barbie Estranha” e aprendeu tanto sobre os meandros do mundo real e seu cruzamento com a Barbieland.

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