“O Exorcista” foi lançado em 1973 e se tornou um dos filmes de terror mais famosos de todos os tempos. Em 2023, ano em que a história da Regan (Linda Blair), a jovem possuída pelo demônio Pazuzu, comemora 50 anos, um novo filme chegará aos cinemas.
Em decorrência da data, foi lançado o livro “The Exorcist Legacy: 50 Years of Fear”, escrito por Nat Segaloff e que, até o momento, não tem previsão de chegada ao Brasil.
A obra conta diferentes histórias sobre o filme, como curiosidades e detalhes não comentados antes. Saiba algumas delas abaixo. As informações são da EW.
Rumores bizarros sobre o autor
O filme “O Exorcista” foi inspirado em um livro homônimo, escrito por William Peter Blatty, que também foi roteirista do longa. Com o passar dos anos, o autor descobriu que, pelo fato de criado a história sobre uma criança possuída pelo demônio, diversos boatos começaram a surgir.
Blatty contou a Segaloff que pessoas diziam que existia um quarto subterrâneo na casa do escritor. O local seria todo pintado de preto, com estátuas maléficas e sediaria um culto satânico. Outra mentira contada dizia que o autor se mudou para Los Angeles quando seu filho nasceu “possuído e sem olhos”.
Diva de Hollywood foi inspiração
A personagem Chris MacNeil, interpretada por Ellen Burstyn, foi inspirada em Shirley MacLaine, uma das grandes estrelas de Hollywood, conhecida por filmes como “Se Meu Apartamento Falasse”, de 1960.
Segundo “The Exorcist Legacy”, William Peter Blatty era amigo da atriz e se baseou nela para criar a mãe de Regan.
Burstyn conta ter jantado com Shirley MacLaine, que a acusou de ter “roubado a personagem”. “Não acho que Blatty tenha pensado em chamá-la para o filme. Não acho que ele escreveu para ela, que é a maneira como ela interpretou, mas que ele a usou como modelo.”
‘Melhor que Cidadão Kane’
Bernard Herrmann, compositor da tilha sonora de “Psicose” e “Cidadão Kane”, não quis compor as músicas de “O Exorcista”.
Ele saiu de sua casa, em Londres, e foi até Los Angeles para assistir a uma versão preliminar de “O Exorcista”. Ele foi convidado pelo diretor, William Friedkin, par que compusesse a trilha.
O cineasta teria dito a Herrmann que queria que ele “escrevesse para mim uma partitura melhor do que a que você escreveu para ‘Cidadão Kane'”. Herrmann respondeu: “Então você deveria ter feito um filme melhor que ‘Cidadão Kane'” e voltou para Londres.
Ellen Burstyn no novo filme
“Exorcista: O Devoto” é o novo filme da franquia e está previsto para chegar ao Brasil em 13 de outubro deste ano. O longa conta novamente com a participação de Ellen Burstyn, que interpreta mais uma vez a mãe de Regan.
Para retornar à saga de terror, a atriz contou que recebeu “muitos benefícios”, mas inicialmente ela recusou participar, principalmente porque se trata de uma possível trilogia.
Burstyn conta que lhe foi oferecido “mais dinheiro do que ganharia com qualquer filme em toda a sua vida”, e mesmo assim ela se recusou.
A atriz só aceitou participar quando a produção topou financiar uma bolsa de estudos para o programa de Mestrado em Atuação da Pace University.
Único fã
Enquanto “O Exorcista” é um dos filmes mais aclamados no gênero de terror, a sua continuação, “O Exorcista II – O Herege”, de 1977, é tido como uma das piores sequências já feitas.
Em “The Exorcist Legacy”, o autor conta que um exibidor brincou que “os cinemas precisavam de duas filas para ‘Exorcista II’: uma para vender os ingressos e outra para fazer o reembolso”.
No entanto, no meio de tanto ódio, o longa tem um fã – e bastante famoso: Martin Scorsese. “Gosto do primeiro ‘Exorcista’, devido à culpa católica que tenho, e porque me assustou demais. Mas ‘O Exorcista II – O Herege’ o supera. Talvez Boorman [diretor do segundo longa] tenha falhado em executar o material, mas o filme ainda merecia mais do que conseguiu.”