O suspeito de ser o autor do disparo que matou na última quinta-feira (27) um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, força de elite da PM paulista), em Guarujá, litoral paulista, foi capturado na noite deste domingo (30) na zona sul da cidade de São Paulo, segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Três envolvidos já estão presos”, escreveu o governador, no Twitter. “A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune”, concluiu.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também usou sua conta na rede social para comentar a prisão do suspeito. “A prisão não traz o pai de família e profissional exemplar de volta, mas dá o recado de que em São Paulo, quem atentar contra nossos policiais terá a devida resposta”, publicou.
A megaoperação policial deflagrada em resposta à morte do policial resultou em ao menos dez pessoas mortas desde sexta-feira (28), quando a teve início a ação das forças de segurança na Baixada Santista, segundo a Ouvidoria das Polícias
O número de mortos pode chegar a 12, segundo o ouvidor, Cláudio Aparecido da Silva. Os nomes dos mortos não foram divulgados oficialmente.
Moradores de Guarujá também relataram que policiais militares torturaram e mataram ao menos um homem, e prometeram assassinar 60 pessoas em comunidades da cidade.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) disse que até agora não constatou abusos policiais e que todas as denúncias serão investigadas.
A Operação Escudo, que vai durar um mês, envolve agentes de todos os 15 batalhões de operação especiais do estado. São cerca de 3.000 PMs, além de pelotões do Choque e do efetivo local.
Durante um patrulhamento de rotina na quinta-feira na comunidade Vila Zilda, em Guarujá, o soldado Patrick Bastos Reis foi baleado quando a viatura na qual estava deixava o local, já sob tiros, segundo o boletim da ocorrência.
Reis foi atingido na axila, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O cabo Marin, que participava do patrulhamento, foi baleado na mão esquerda.
Reis ingressou na PM em 7 de dezembro de 2017 e, segundo a corporação, “exerceu suas funções com grande dedicação e zelo com o que lhe era confiado, sendo um profissional dedicado, amigo e exemplar”.
O policial deixou a mulher e um filho de dois anos.