“Barbie” está quase entre nós! O aguardado live-action da boneca mais famosa do planeta chega aos cinemas na quinta-feira (20).
Estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling, o filme é dirigido por Greta Gerwig e conta a história de uma das Barbies, que não se encaixa naquele mundo e resolve explorar a realidade.
Mas como Robbie chegou ao ponto de estrelar o filme mais aguardado do ano?
Nascida em Queensland, na Austrália, tem 33 anos e começou sua carreira em 2008, em uma série de TV local chamada “Neighbours”, na qual teve um papel regular até 2011.
É filha de um dono de uma fazenda de plantação de cana-de-açúcar e uma fisioterapeuta, e tem uma irmã e dois irmãos.
Seus pais se separaram quando ela tinha cinco anos, e ela e os irmãos foram criados pela mãe, com mínimo contato com o pai.
Estudou em uma escola de circo ainda criança, e depois no teatro na Somerset College. Chegou a ter três empregos ao mesmo tempo, e trabalhou limpando casas e montando sanduíches no Subway.
Após fazer alguns comerciais e filmes independentes, mudou-se para Melbourne para começar a atuar de forma profissional. Foi assim que conseguiu o papel em “Neighbours”, aos 17, após insistentes ligações para a produtora Fremantle Media.
Quando se mudou para os Estados Unidos, foi direto para a TV. Seu primeiro papel de destaque foi na série “Pan Am”, que ficou no ar por uma temporada entre 2011 e 2012, no canal ABC.
Seu primeiro papel no cinema em Hollywood foi no filme “Questão de Tempo” (2013), mas deu um salto ao ser escalada ao lado de Leonardo DiCaprio e Jonah Hill em “O Lobo de Wall Street” (2013), de Martin Scorsese.
Em 2014, fundou sua produtora, a LuckyChap Entertainment, ao lado do então namorado (e atual marido), o produtor Tom Ackerley, e mais dois amigos. O objetivo de Robbie era viabilizar produções com viés feminista e que dessem voz para minorias de representação.
O destaque que recebeu com o longa de Scorsese fez com que fosse cotada para outros projetos de grande e médio porte, como “Z for Zacharian” (2015) e “A Lenda de Tarzan” (2016).
Deu um salto ainda maior quando foi escalada para ser a Arlequina em “Esquadrão Suicida” (2016). O filme de David Ayer recebeu críticas negativas em massa, mas a “Palhaça do Crime” foi considerada por muitos seu único acerto.
Após a visibilidade que conquistou com a Arlequina, viabilizou a produção de títulos pelos quais tinha apreço, como “Eu, Tonya” (2017), “Terminal” (2018), ambos que protagonizou, além de “Bela Vingança” (2020) e as séries “Dollface”, Maid” e “Mike: Além de Tyson”.
Através da LuckyChap, também assinou a produção de “Aves de Rapina” e “Barbie”.
“O objetivo seria eventualmente ser uma companhia produtora com um corpo estabelecido e variado de trabalho, com aclamação da crítica e prestígio. Não é para ser a ‘companhia da Margot Robbie’, porque não é, é a companhia de todo mundo. Queremos nos distanciar disso.”
Margot Robbie, em entrevista para a revista Vogue australiana
Já foi indicada ao Oscar duas vezes, por “Eu, Tonya” e “O Escândalo” (2020), longa com Charlize Theron e Nicole Kidman que adapta a história da denúncia contra o ex-chefe da Fox News, Roger Ailes.
Chegou a se reunir com os executivos da Mattel para discutir o filme sobre a Barbie. O CEO da companhia estava interessado nela para o papel, e a atriz estava de olho nos direitos de adaptação, pois considerava o projeto um match perfeito para a LuckyChap.
Tanto a Mattel quanto Robbie queriam que o filme abordasse as contradições da boneca e as questões de autoestima que o corpo idealizado da versão mais conhecida pode causar em meninas. Apesar de Margot representar a imagem e as medidas clássicas da Barbie, o filme traz atrizes com outros corpos e tons de pele para mostrar que não há apenas uma única forma de ser a Barbie — de Issa Rae como Barbie Presidente a Sharon Rooney como Barbie Advogada.