Na indústria cinematográfica, dizer que um filme é bom é algo bastante complexo. Isso porque, para muitos, um longa de qualidade é aquele vencedor de Oscar. Ser reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas como um das melhores produções entre tantas feitas é algo almejado por muitos que visam fazer sucesso em Hollywood. No entanto, há quem não precise desta validação para ser uma das pessoas mais famosas do mundo do entretenimento. É o caso do The Rock, o Adão Negro.
Dwayne Johnson, 50, é um fenômeno. Impossível contestar. O astro musculoso começou a ganhar fama ao ser lutador da WWE, mas foi como ator de filmes que ele despontou. Conhecido por seu carisma e desenvoltura, o artista está presente em diferentes longas. Nenhum deles foi reconhecido pelo Oscar. Quase todos são sucesso de bilheteria.
“Adão Negro”, o novo filme da DC estrelado pelo ator, já está sendo um sucesso de bilheteria, estreando no Brasil como o mais o filme mais assistido da semana de lançamento. Nos Estados Unidos, ele já arrecadou mais de US$ 67 milhões, cerca de R$ 360 milhões, ultrapassando outros grandes títulos protagonizados pelo astro.
Por outro lado, a crítica não tem sido tão acolhedora com o filme de herói. Chamado de “sem sentido” e “fraco”, o longa ganhou apenas 39% de aprovação no Rotten Tomatoes – agregador online de críticas. Então, como explicar tamanho sucesso de bilheterias? Simples: o fator The Rock.
Filmes de heróis já são chamativos por si só. Somado ao fator The Rock como protagonista, não teria como não ser mais um dos diversos “arrasa quarteirões” dos quais ele coleciona em sua filmografia. Tê-lo em uma produção é saber que você assistirá a um filme com cenas de ação bem feitas, sequências divertidas e, com um pouco de sorte, momentos do ator sem camisa.
Há quem diga, porém, que The Rock é um ator “limitado”; que ele interpreta sempre o mesmo personagem: “o cara musculoso que se arrisca em locais inóspitos para salvar o dia”, é o caso, por exemplo de “Jumanji”, “Rampage”, “A Falha de San Andreas” e diversos outros.
E sim, ele é mesmo esse estereótipo. E tá tudo bem porque ele entrega isso com qualidade. Às vezes, ele é a única coisa boa para se assistir em um filme desses. É o caso do sofrível “Alerta Vermelho”, um longa sem pé nem cabeça, com um roteiro horrível, mas que diverte o espectador apenas pelo fato de mostrar as presepadas de The Rock.
As atuações não pedem muitas camadas ou diferentes interpretações. Mas, o que ele entrega, ele faz muito bem. Dá para perceber que o artista se leva a sério, ao mesmo tempo em que se diverte na produção. Esse carisma todo, transborda a tela e chega ao público.
The Rock está entre as dez pessoas mais seguidas do Instagram, com 341,8 milhões de seguidores. Ele está atrás apenas de Selena Gomez, Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e a conta da própria rede social. Seus milhões de seguidores são reflexo de uma imagem repleta de carisma.
Nem mesmo a briga recorrente que trava com Vin Diesel – colega de produção quando esteve em “Velozes e Furiosos” – estragou sua fama de bom moço. Na troca de farpas entre os dois, quem perde é o fã, que perdeu The Rock novamente como o agente Hobbs na franquia. Ele apenas voltou para estrelar o divertido derivado “Hobbs & Shaw”.
A vida pessoal do astro é bastante discreta. Em suas redes, ele até mostra sua família, mas se mantém longe de escândalos e envolvimento em casos polêmicos. Ao invés disso, ele vira notícia quando ajuda pessoas afetadas pela covid-19 ou quando presenteia com um carro o homem que o deu assistência quando Dwayne Johnson nem sonhava em ser famoso.
É possível então dizer que o sucesso do ator e seus filmes vão além de cenas bem feitas, efeitos especiais de qualidade e muito carisma. A fama do astro surge também da vontade intrínseca que todos temos de nos tornarmos amigos do The Rock. Quem sabe um dia?