O Telefone do Sr. Harrigan e as adaptações mais toscas de Stephen King

Embora tenha garantido ótimos números de audiência na Netflix, O Telefone do Sr. Harrigan falhou em conquistar público e crítica. O filme de terror é baseado em um conto homônimo, publicado por Stephen King na coletânea “If It Bleeds”. Para muita gente, o longa está entre as adaptações mais toscas da obra do escritor.

“Um garoto e um bilionário têm em comum o gosto pelos livros e pelo primeiro iPhone. Mas, depois da morte do idoso, a misteriosa conexão deles se recusa a terminar.”, afirma a sinopse oficial de O Telefone do Sr. Harrigan na Netflix.

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O Telefone do Sr. Harrigan tem Jaeden Martell (It: A Coisa) e Donald Sutherland (Jogos Vorazes) nos papéis principais. Kirby Howell-Baptiste (Sandman) e Rahul Kohli (A Maldição da Mansão Bly) completam o elenco.

Listamos abaixo as 7 piores adaptações das histórias de Stephen King na TV e no cinema; confira – e veja se você concorda (via Looper).

Conexão Mortal – 2016 

Nove anos após contracenarem em 1408, Samuel J. Jackson e John Cusack se reuniram no suspense Conexão Mortal. Infelizmente, os esforços da dupla não foram bem sucedidos. O longa acompanha a história de um homem que faz de tudo para reencontrar o filho após um terrível sinal eletrônico transformar usuários de celulares em assassinos sem consciência.

Em sua jornada, o protagonista Clay Riddell conta com a ajuda de Tom McCout, um condutor de trem que é interpretado por Samuel J. Jackson. Embora o livro de Stephen King tenha feito grande sucesso com a crítica especializada, o filme Conexão Mortal falhou em conquistar público e crítica, principalmente por seu tom clichê.

A Criatura do Cemitério – 1990 

A Criatura do Cemitério é, definitivamente, uma das piores adaptações das obras de Stephen King. O longa é ambientado em um moinho têxtil do Maine, no qual vários funcionários morrem subitamente. Nesse cenário complicado, o administrador do moinho manda um andarilho investigar o porão. Resumidamente, o filme falha em transpor o clima da história às telas.

O que é uma pena, já que A Criatura do Cemitério conta com performances sólidas e momentos realmente interessantes. Nas bilheterias, o filme de terror garantiu uma modesta bilheteria de 11 milhões de dólares. Um dos destaques do longa é a atuação de Brad Dourif. Você, provavelmente, conhece o ator como o Grima Wormtongue de O Senhor dos Anéis.

A Maldição – 1996 

A Maldição (Thinner no título original) adapta uma das obras mais inusitadas de Stephen King. Lançado em 1996, o filme é uma produção do cineasta Tom Holland (não confundir com o Homem-Aranha da Marvel). No longa, um advogado obeso e trambiqueiro atropela uma cigana e usa suas conexões para se livrar do crime. 

Porém, o pai da cigana conjura uma maldição que faz o protagonista Billy Halleck perder peso incontrolavelmente, a ponto de desnutrição. A premissa é até interessante, mas não o suficiente para conquistar o público. Além disso, o traje-gordo utilizado pelo ator Robert John Burke é mais engraçado do que convincente.

Comboio do Terror – 1986

Comboio do Terror foi o primeiro (e único) trabalho de Stephen King como diretor. O filme chegou aos cinemas nos anos 80, falhando em conquistar público e crítica. Mas com o passar dos anos, o longa conquistou fãs por seu teor bizarro e relativamente amador. Hoje em dia, ele tem um lugar de destaque entre as mais influentes obras do escritor. 

A trama começa quando a Terra passa pela cauda de um cometa, e um misterioso efeito cósmico transforma todas as máquinas em objetos assassinos. A premissa se parece com a de Matrix, mas a execução é bem diferente. No longa, o protagonista de Emilio Estevez se junta a um inusitado grupo de sobreviventes para derrotar as máquinas e salvar a humanidade (e a própria pele).

Trocas Macabras – 1993

Trocas Macabras, uma adaptação do livro “Needful Things”, é um dos projetos mais entediantes de Stephen King. Ambientado na fictícia cidade de Castle Rock, o longa conta a história de Leland Gaunt (Max von Sydow), um homem misterioso que abre uma loja de antiguidades repleta de itens sobrenaturais. 

Mesmo com 2 horas de duração, Trocas Macabras falha em desenvolver a história dos moradores de Castle Rock. Além disso, devido ao seu enorme número de personagens, o filme deixou muitos espectadores confusos. O único ponto alto do longa é a performance de Max von Sydow, que dá um show de carisma a partir de um roteiro muito inconsistente.

O Passageiro do Futuro – 1992

O Passageiro do Futuro adapta para os cinemas o conto “The Lawnmower Man”, da coletânea “Night Shift”. O filme, no entanto, ignora alguns dos aspectos mais importantes da história para contar uma trama completamente diferente. A única semelhança entre o longa e a obra de Stephen King é o título.

Stephen King chegou a processar o New Line Cinema, forçando o estúdio a remover seu nome da divulgação. O Passageiro do Futuro conta a história de um médico louco que utiliza um jardineiro inocente como cobaia em terríveis experimentos. O livro de Stephen King, por outro lado, fala apenas de um serviço de cortador de grama que sai pela culatra.

O Telefone do Sr. Harrigan – 2022

Como citamos acima, O Telefone do Sr. Harrigan está entre as adaptações menos interessantes das obras de Stephen King. Lançado no início de outubro, o longa não demorou a figurar no Top 10 da Netflix. Mesmo assim, o filme foi bastante criticado por público e crítica. No Rotten Tomatoes, o thriller sobrenatural tem somente 43% de aprovação.

Segundo o consenso do site, O Telefone do Sr. Harrigan tem “performances interessantes” (como a de Donald Sutherland como o personagem titular), mas falha em se conectar aos temas mais intrigantes de seu material-base. Além disso, segundo diversas resenhas críticas, o longa simplesmente não é assustador. 

O Telefone do Sr. Harrigan está disponível na Netflix.

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