O clima eleitoral em Apucarana foi tranquilo em todas as 306 seções eleitorais, que estavam preparadas para receber os 94.621 eleitores que estavam aptos, conforme o cadastro da Justiça Eleitoral. Em todas as seções, uma coisa chamou a atenção: muita gente animada com o primeiro voto e muita gente, muito mais experiente na vida, que nem mais tinha obrigações eleitorais, se apresentando para participar de um momento decisivo para o pais. Mesmo escolhendo candidatos diferentes, todos votaram na esperança de se construir um país melhor para todo mundo.
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Gabriel Miguel da Silva, de 20 anos, foi um dos que votou pela primeira vez. Embora jovem, dá uma aula de cidadania. “É um momento de muita emoção. Porque é decisivo para a democracia brasileira. E o jovem tem que se posicionar e participar. Não adianta ficar só na internet. Tem que votar, que colocar nossas pautas, ver quem melhor nos representa e votar”, diz.
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Com a linguagem típica da juventude, ele arremata: “A gente pode mudar as coisas ou ficar na mesmice. Então, todos precisam se apresentar e colocar sua voz. Tem que participar, existir de verdade e não como uma planta”, afirma.
Gabriel diz que espera que o próximo presidente “venha com força e garra para reconstruir o país, que está quebrado. E a gente pode ver isso, todos os dias”.
Larissa Gabriela Rodrigues Rocha, de 22 anos, por sua vez, também destaca a emoção por participar de momento tão decisivo para a história democrática do país. “Eleições é a hora de fazer a diferença, de fazer mudanças através de nosso voto”, comenta.
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Ao ser indagada sobre o que espera dos eleitos, especialmente do presidente, ele pede que eles cuidem das pessoas. “Espero do próximo que olhe para o Brasil com um olhar cuidadoso para as pessoas, para o que elas estão precisando”, diz, referindo-se a quantidade de pessoas com fome, com dificuldades para acessar os serviços de saúde, com a educação, que enfrenta dificuldades por conta dos cortes orçamentários. “Tivemos muitos corte de verbas nas áreas de saúde e educação. Quero que o presidente olhe para isso e ajude a reerguer o Brasil”, afirma.
Karoline Oliveira Machado, 18 anos também votou pela primeira vez e não escondeu a emoção. “Acho muito importante participar. Estou feliz”, diz. Perguntada sobre o que espera dos candidatos escolhidos, Karoline fala com autoridade: “Que dessa vez eles ajam com responsabilidade e deixem o pais melhor”, resume.
Karoline só lamenta não ter podido entrar na seção eleitoral com o celular para registrar o primeiro voto da vida. “Não consegui registrar o momento”, diz, rindo, como quem tem uma relação íntima com os equipamentos do mundo digital. “Foi triste ficar sem celular na cabine de votação. Mas fiz minha parte como cidadã. Levei minha colinha”, afirma a garota. “A gente espera um pais melhor”, finaliza.
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Carolina Barrionueno Marques, 36 anos, vestida de verde e amarelo, se diz lisonjeada em poder participar de momento tão importante para o futuro de todos. “É uma emoção poder participar. A gente vem exercer nossa cidadania, nosso direito ao voto”, afirma. Para ele, é através do voto “que a gente pode reclamar nossos direitos e com o voto que podemos exigir nossos direitos. É assim que podemos participar. Exercer cidadania”, diz.
Para ela, entre os maiores desafios do futuro presidente e maiores desejos de todos, estão as melhorias nas áreas de educação, saúde e segurança. “Essas são as áreas mais importantes. Precisa melhorar educação e saúde para o país melhorar”, afirma.
VETERANO DE ELEIÇÕES
Mesmo estando desobrigado de comparecer às urnas há quase 20 anos, Sérgio Scorchia, de 87 anos, não mede esforços e diz que faz questão de sempre ir às urnas. Ele compareceu bem cedinho à sua seção eleitoral neste domingo. Vale lembrar, quando o eleitor completa 70 anos, ele já não é mais obrigado a comparecer para votar nas eleições.
“Meu voto não é mais obrigatório. Mas faço questão de votar. É a democracia e meu voto é importante. Vou continuar votando até o fim, até quando Deus quiser”, afirma seo Sérgio.
Quando perguntado sobre o que espera para o futuro presidente, Sérgio Scorchia diz que tem que acabar com a corrupção. “Isso tem que acabar. É um problema muito grande. É isso que deixa pobre passando fome, que deixa muita gente sentindo necessidades. Tem que por gente honesta e trabalhadora, gente que cuida do povo”, afirma.
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