Conta de telefone é a dívida mais negociada em feirão para limpar nome – Notícias


As contas de telefone foram as dívidas mais negociadas em feirão para limpar o nome durante o mês de agosto. De acordo com dados da Serasa, no total foram realizados mais de 2,8 milhões de acordos, para 1,8 milhão de pessoas, com descontos concedidos de R$ 4,8 bilhões. A ação, que oferece o parcelamento em até 24 vezes sem juros, registrou aumento de 22% nas renegociações em relação ao mês de julho, e foi prorrogada até esta segunda-feira (12).


O segmento de telecomunicações lidera os acordos, com 41% do total, seguido pelas empresas de crédito, com 24%, e bancos, 15%. O varejo ficou em quarto lugar, com 14%. Entre os estados, São Paulo registrou o maior volume de acordos (856.907), seguido pelo Rio de Janeiro (307.345) e por Minas Gerais (222.477).


“O que chamou a atenção foi o aumento de 22% do número de negociações em um mês. Infelizmente, a gente vive num cenário de aumento da inadimplência, mas as pessoas quando tem oportunidade buscam renegociar a dívida para poder voltar a ter acesso ao crédito. A gente sabe o que o endividamento traz de negativo para o psicológico e para a vida desses consumidores”, afirma Fernando Gambaro, gerente da Serasa.



Um ponto importante com relação às dívidas de telefonia, segundo Gambaro, é que normalmente esse segmento tem valores mais baixos, com tíquete médio abaixo de R$ 100. “Muitas vezes as pessoas buscam ofertas num momente de ação e renegociação com este e acabam encontrando boas possibilidades para acordos valores mais baixos do que estavam esperando pagar”, explica.


Após pagar a primeira parcela da renegociação, o consumidor já tem o nome limpo. “Isso acaba facilitando muito para as pessoas que querem voltar a ter acesso ao crédito, a realizar seus sonhos e também ficar mais tranquilas com a vida financeira, porque é inegável que quando a gente tem dívidas, quando está iinadimplente, isso acaba afetando diversos outros fatores do nosso dia a dia, como o trabalho e até os relacionamentos”, complementa. 


Perfil dos que buscam renegociação


Endividados com renda de até R$ 2 mil foram os que mais renegociaram no mês de agosto, representando 44% dos acordos. A faixa de renda de até R$ 5 mil vem em seguida, com 26% das negociações.


As mulheres são as que mais renegociaram, com 54%, frente a 46% dos homens. Em relação à faixa etária, consumidores de 30 a 40 anos lideraram as negociações, com 30%. A Geração Z, formada por jovens de até 25 anos, representa 22% do total de acordos fechados em agosto.


Campanha é prorrogada


Com o aumento da procura, a Ação de Parcelamento, que permite a negociação de dívidas em até 24 vezes sem juros, vai até 12 de setembro. Promovida pela Serasa, a campanha conta com mais de 50 empreas, com  descontos de até 90% para quitação das dívidas, dependendo do credor. De acordo com a empresa, a condição sem juros se aplica sobre as prestações do acordo de parcelamento, mas a dívida negociada pode conter os juros pelo atraso do pagamento.


Os interessados encontram as propostas de acordos nos canais oficiais da Serasa Limpa Nome, onde podem fazer todo o processo gratuitamente pela internet ou por telefone, e nos Correios, presencialmente.


O consumidor pode conferir se tem parcelas sem juros disponíveis por meio dos canais oficiais da Serasa:

·  Site: https://www.serasa.com.br/limpa-nome-online/

·  App Serasa no Google Play e App Store

·  Ligação gratuita 0800 591 1222 

·  WhatsApp 11 99575–2096 



Veja o ranking das negociações nos estados


Estado   Número de pessoas       Número de acordos  


SP          544.933 (29,5%)               856.907 (29,5%)


RJ          190.193 (10,3%)               307.345 (10,3%)


MG        143.090 (7,7%)                222.477 (7,7%)


BA         97.116 (5,3%)                 150.944 (5,3%)


PR         94.879 (5,1%)                 144.529 (5,1%)


RS         82.600 (4,5%)                 126.472 (4,5%)


CE        65.806 (3,6%)                 100.713 (3,6%)


PE        63.667 (3,4%)                 98.858 (3,4%)


GO      61.715 (3,3%)                 95.537 (3,3%)


PA       57.299 (3,1%)                 87.445 (3,1%)


SC       57.073 (3,1%)                86.845 (3,1%)


SI        42.324  (2,3%)               48.900 (2,3%)


AM      38.771 (2,1%)               59.616 (2,1%)


DF       38.544  (2,1%)              60.801 (2,1%)


MA      37.436 (2%)                 55.862 (2%)


ES        31.197 (1,7%)              48.640 (1,7%)


MT       30.495 (1,6%)              45.758 (1,6%)


MS       26.189 (1,4%)             41.433 (1,4%)


PB        25.308 (1,4%)             39.260 (1,4%)


RN       24.780 (1,3%)              37.356 (1,3%)


AL       21.945 (1,2%)              33.642 (1,2%)


PI       18.349 (1%)                  27.682 (1%)


SE      15.389 (0,8%)               23.943 (0,8%)


RO     12.207 (0,7%)               18.007 (0,7%)


TO      8.710 (0,5%)                12.812 (0,5%)


AP      7.637 (0,4%)                11.560 (0,4%)


AC      6.061 (0,3%)                9.044 (0,3%)


RR      5.655 (0,3%)                8.767 (0,3%)


Total   1.849.368                    2.861.155


Fonte: Serasa



Para sair do endividamento


Uma vez que a dívida foi contraída, a saída é manter a tranquilidade e buscar as melhores formas de negociação junto às instituições. O time de especialistas em crédito do Banco Cetelem, empresa membro do grupo francês BNP Paribas, recomenda ao menos quatro passos. Veja a seguir:


Identificação da dívida


É importante entender o valor exato da dívida e em que instituição ela está afixada. Somente com esta clareza, será possível realizar os cálculos necessários para tentar uma negociação com as respectivas empresas. Muitas instituições oferecem consultas online, seja no site ou em apps. Dessa forma, é mais fácil reunir informações necessárias e pensar nas melhores propostas de quitação.


Orçamento na ponta do lápis


Tão importante quanto saber o tamanho da dívida é ter em mente o orçamento disponível para arcar com o débito. Esta etapa exige cautela e uma reflexão sobre os próprios hábitos de consumo. O ideal é que este cálculo seja feito com base no valor que sobra, após pagamento das dívidas fixas e demais custos. Em muitos casos, pode ser necessário cortar gastos supérfluos ou apertar um pouco mais o orçamento para que seja possível uma negociação com as empresas.


Negociar e renegociar


Com o valor da dívida anotado e um montante livre para destinar ao pagamento, chegou a hora de ir para a o campo das negociações. Neste estágio é fundamental manter uma calculadora por perto para entender se a proposta da empresa cabe no planejamento financeiro atual. O ideal é estabelecer um valor máximo para as parcelas e ter este número sempre em mente durante as negociações. É possível fazer simulações de parcelamento direto nos aplicativos e sites dos bancos, mas falando com um atendente da empresa ou conversando pessoalmente com o gerente da instituição, as condições certamente serão mais flexíveis.


Não aceite qualquer proposta


As empresas e instituições financeiras não sabem qual é exatamente a situação econômica de cada consumidor endividado, por isso podem fazer propostas que fujam completamente do orçamento de cada um. A dica é estudar as opções e não aceitar qualquer oferta. O ideal é que as parcelas da empresa caibam no orçamento dos clientes, não o contrário. Por isso, negocie incansavelmente até chegar a um acordo satisfatório para as duas partes.


Fonte: Banco Cetelem


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