No texto de hoje vou te contar qual é a importância e quais são os tipos de liquidez. Assim, você vai entender como isso impacta na análise de um negócio e, também, ao escolher aplicações financeiras.
Entendendo o conceito de liquidez e sua importância
A liquidez é um índice que aponta para a capacidade de converter ativos em dinheiro, com o mínimo de perdas.
Sendo assim, quanto maior for essa capacidade de conversão, maior é a liquidez do investimento ou negócio. Portanto, a liquidez é essencial para analisar o desempenho de um negócio interna e externamente.
É por isso que gestores e investidores usam a liquidez para estabelecer o grau de estabilidade e risco do negócio em certo momento.
Vale ressaltar que, quando falamos especificamente sobre investimentos, a liquidez pode ser alta, média ou baixa. Isso de acordo com a possibilidade de resgatar uma aplicação antes do prazo.
Por exemplo, um CDB que só pode ser resgatado no vencimento, tem baixa liquidez. Já os títulos do Tesouro Selic tem alta liquidez.
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Por outro lado, quando falamos sobre negócios, a liquidez está relacionada com a capacidade de uma empresa se manter ativa e o seu desempenho.
Desse modo, a liquidez indica a credibilidade de uma companhia no mercado. Em outras palavras, ela aponta qual a capacidade financeira que a empresa tem de arcar com as suas obrigações.
Nesse sentido, uma empresa com alto grau de endividamento e pouca capacidade financeira no curto prazo, tende a ter uma baixa liquidez.
Já uma empresa que administra bem o seu fluxo de caixa, tende a ter um bom grau de liquidez. Portanto, a liquidez é importante tanto na análise de um investimento, quanto na análise de um negócio.
Tipos de liquidez
Nas análises financeiras, existem diferentes tipos de liquidez. Quando analisadas em conjunto, elas ajudam a compreender de forma clara a situação de uma empresa.
Para analisar a saúde financeira de uma empresa, são usados 4 tipos de liquidez: corrente, seca, imediata e geral. Vou te explicar o que é e como funciona cada uma delas.
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Mas, primeiro, você precisa saber que, apesar de cada um dos tipos de liquidez contribuir com uma informação diferente, elas são complementares.
Sendo que, de forma geral, eles fazem uma proporção entre os ativos e recebíveis como o passivo da companhia. Além disso, a regra geral para analisá-los é:
- Índice de liquidez maior que 1, indica uma situação favorável.
- Igual a 1, significa que o ativo e o passivo se equiparam.
- Índice de liquidez menor que 1, aponta que a empresa está endividada e não consegue arcar com as dívidas de imediato.
Em resumo, quanto maior for o Índice de liquidez, melhor é a situação da empresa. Contudo, em casos onde o indicador é menor que 1, é preciso verificar se existem muitos ativos concentrados no longo prazo.
Enfim, confira o que são e como funcionam os 4 tipos de liquidez:
1- Liquidez corrente
A liquidez corrente, também conhecida como liquidez comum, é um indicador que aponta a capacidade da companhia de honrar suas obrigações no curto prazo.
Sendo assim, ele indica qual é o nível de gerenciamento interno e como está o fluxo de caixa.
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No cálculo é levado em conta os direitos da empresa no curto prazo, que é o seu ativo circulante, e as dívidas no curto prazo, que é o passivo circulante. Portanto, o cálculo é feito da seguinte maneira:
- Liquidez corrente = Ativo circulante / passivo circulante
Vamos supor que uma empresa tem um ativo circulante de R$ 550.000 e um passivo circulante de R$ 455.000. Neste caso, temos que: Liquidez corrente = 550.000/455 = 1.2087.
2- Seca
Assim como a liquidez corrente, a liquidez seca também analisa a situação da empresa no curto prazo. No entanto, na liquidez seca os estoques não são levados em conta no cálculo do ativo circulante.
Isso significa que este tipo de liquidez calcula a capacidade de pagamento do passivo circulante se o estoque não for vendido ou usado.
Acontece que uma empresa com estoque muito alto pode ter dificuldades de transformá-lo em dinheiro para cumprir as suas obrigações.
Contudo, estoques muito baixos resultam em um indicador bem perto da liquidez corrente. Enfim, a fórmula é:
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- Liquidez seca = (Ativos circulante – estoque) / Passivo circulante
Vamos usar como exemplo os mesmo números do exemplo anterior para ficar mais fácil de entender o cálculo. Suponhamos que a empresa tem um ativo circulante de R$ 550.000 e um passivo circulante de R$ 445.000.
Imagine também que a empresa tem um estoque de R$ 400.000. Neste caso, o cálculo é: Liquidez seca = (550.000 – 400.000) / 455.000. O resultado é 0,3297.
3- Imediata
A liquidez imediata analisa a capacidade da empresa no curtíssimo prazo. Sendo assim, ela aponta a capacidade da empresa em lidar com emergências financeiras.
Portanto, ela é de certa forma mais exigente do que os dois tipos de liquidez anteriores. No seu cálculo, é levado em conta apenas o ativo que está à disposição da empresa.
Isso envolve o dinheiro em caixa, investimentos com alta liquidez, contas correntes e afins. A fórmula é:
- Liquidez imediata = Valores disponíveis / Passivo circulante.
Vamos supor que a liquidez imediata de uma empresa seja de R$ 120.000 e que o passivo circulante é R$ 445.000. Neste caso, o cálculo é: Liquidez imediata = 120.000 / 455.000 = 0,2637.
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4- Liquidez geral
Para finalizar temos a liquidez geral, que analisa informações para o médio e longo prazo. Desse modo, nos seus cálculos são levados em conta o ativo realizável a longo prazo e também o passivo exigível a longo prazo.
A fórmula de cálculo é:
- Liquidez geral = (Ativo circulante + realizável a longo prazo) / (passivo circulante + exigível a longo prazo).
Vamos supor que uma empresa tenha um ativo circulante de R$ 500.000, um realizável a longo prazo de R$ 40.000, um passivo circulante de R$ 455.00 e um exigível a longo prazo de 40.000. Neste caso, o cálculo é:
Liquidez geral = 550.000 + 40.000)/(455.000 + 40.000)
Liquidez geral= (590.000)/(495.000)
Resultado = 1,1920
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Enfim, agora que você aprendeu a importância e os tipos de liquidez (via Paraná banco), aproveite para aprender como funciona outros indicadores importantes em uma empresa.
Por exemplo, como analisar os gastos operacionais por meio do opex, como fazer a organização de contas com o borderô e, por fim, como usar ROIC o na análise de uma empresa.