A diferença entre cruzador, destroyer e mais navios militares

Um navio de guerra é considerado qualquer tipo de embarcação, seja ela fluvial ou marítima, que possa ser usada em combate contra os oponentes. Na maioria das vezes, eles pertencem às forças armadas de um país. Alguns foram vistos sendo usados na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que iniciou há cerca de um mês e meio.

Entre os usados, o cruzador de mísseis Moskva, que afundou na semana passada no mar Negro, era considerado o principal navio da frota russa. Construído na Ucrânia na era soviética, ele começou a ser usado nos anos 80.

Coube ao cruzador fornecer apoio e proteção às forças da Rússia em território ucraniano. Nele havia mísseis antinavio Vulkan e uma série de armas antissubmarino e torpedos. O veículo era equipado com helicóptero e podia alcançar uma velocidade de 59 quilômetros por hora.

Conheça alguns dos navios militares usados em conflitos armados:

Destróier

Type 052D é um contratorpedeiro da Marinha da China, que se destaca pelo arsenal, são várias metralhadoras e sensores

Imagem: Baidu

De médio porte, rápido e manobrável. Assim é o contratorpedeiro, destroyer ou destróier. Pelos mares, é usado como escolta para embarcações de grande porte numa esquadra naval ou comboio de navios. Cabe a ele monitorar e defender os demais dos desafetos.

Contratorpedeiro é feito para atingir barcos torpedeiros, que carregam torpedos.

Um dos mais caros e poderosos é o destróier americano, DDG 1000, que custou US$ 7 bilhões —preço do desenvolvimento do projeto, mais a construção da primeira unidade de uma série de três.

Cruzador

Foto de arquivo mostra oficiais da marinha russa no convés do cruzador de mísseis guiados Moskva no porto de Sebastopol, na Crimeia - AFP - AFP

Recentemente, o navio mais importante da frota russa, o cruzador de mísseis Moskva, afundou após um incêndio

Imagem: AFP

O cruzador é um tipo de navio de guerra usado para escolta e reconhecimento em uma esquadra. No final do século 19, o termo “cruzador” passou a designar um tipo específico de navio oceânico, maior e mais armado que as fragatas —barcos com três mastros de velas, menores que naus.

Um dos modelos é o cruzador de batalha, um modelo adotado na primeira metade do século 20 pela Marinha Real Britânica. Eles foram uma evolução dos cruzadores blindados e, em termos de classificação, ocupam uma área nebulosa entre os cruzadores e os encouraçados.

Corveta

A Marinha do Brasil, a Corveta Barroso também efetua patrulhas nas águas do país, além de ter poder de localizar e destruir aeronaves inimigas  - Divulgação - Divulgação

A Marinha do Brasil, a Corveta Barroso também efetua patrulhas nas águas do país, além de ter poder de localizar e destruir aeronaves inimigas

Imagem: Divulgação

Assim como as fragatas e os contratorpedeiros, as corvetas se diferenciam pelo tamanho, quantidade de armamento e força do motor. Todos são navios de escolta. A diferença é de que a corveta é um navio de guerra antigo, semelhante à fragata, menor e mais veloz, de três mastros e pano redondo, com uma só bateria de canhões.

De modo geral, a escolta é quem mais possui poder de fogo. Justamente por serem os responsáveis pela segurança dos demais. Eles protegem os porta-aviões e conseguem destruir os navios inimigos e as aeronaves. Eles são equipados, por exemplo, com mísseis com poder de destruição elevado, entre eles, anti-submarinos, lançadores de torpedos e canhões.

Fragata

No ano 2000, a Fragata Independência da Marinha do Brasil integrou a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano  - Tânia Rêgo / Agência Brasil - Tânia Rêgo / Agência Brasil

No ano 2000, a Fragata Independência da Marinha do Brasil integrou a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano

Imagem: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A fragata é um navio de guerra de emprego versátil, mas que pode ser usado apenas como antissubmarino. É maior do que a corveta e menor do que o cruzador, possui três mastros de vela e não tem bateria inteira de canhões.

Entre as missões que embarcações brasileiras participaram, a fragata Independência integrou a força-tarefa marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil) no ano 2000. Durante nove meses, cerca de 200 militares participaram da missão.

A fragata participava de ações para reduzir os efeitos da destruição causada pelas explosões em Beirute. A ofensiva ocorreu nas proximidades do porto em apoio ao governo libanês.

Navio aeródromo

O navio aeródromo brasileiro é usado para combate e, também, para caráter humanitário  - Divulgação / Marinha do Brasil - Divulgação / Marinha do Brasil

O navio aeródromo brasileiro é usado para combate e, também, para caráter humanitário

Imagem: Divulgação / Marinha do Brasil

De propriedade da Marinha do Brasil, o navio-aeródromo multipropósito “Atlântico” (A-140) tem 208 metros de comprimento (loa) e 31,7 metros de largura (boca).

É projetado para as tarefas de controle de áreas marítimas, projeção de poder sobre terra, pelo mar e ar e missões de caráter humanitário, como auxílio a vítimas de desastres naturais, evacuação de pessoal e operações de manutenção de paz.

É importante lembrar que o navio-aeródromo é o centro da frota quando há guerra no mar. A embarcação consegue transportar aeronaves e, dessa forma, eliminar os rivais.

Submarino

Submarino KRI Nanggala-402 e sua tripulação em foto de 2012 - Reuters - Reuters

Submarino KRI Nanggala-402 e sua tripulação em foto de 2012

Imagem: Reuters

Conforme a Marinha do Brasil, os submarinos são navios de guerra capazes de alterar seu grau de flutuabilidade, o que permite efetuar patrulhas e ataques submersos na água.

As embarcações, ocultas no fundo do mar, oferecem grande vantagem em um evento de conflito militar.

Navios varredores

O navio-varredor consegue destruir minas marítimas inimigas  - Divulgação / Marinha Brasileira - Divulgação / Marinha Brasileira

O navio-varredor consegue destruir minas marítimas inimigas

Imagem: Divulgação / Marinha Brasileira

Destruir minas marítimas de adversários. Essa é a principal atribuição dos navios varredores, que são responsáveis pelas operações de contramedidas de minagem, as linhas do tráfego marítimo ao longo do litoral brasileiro, as áreas marítimas adjacentes aos portos, terminais e plataforma nacionais.

Os varredores são construídos para serem imunes à ação de minas. Assim, são capazes de realizar varredura mecânica, de influência acústica ou magnética, abrindo caminho para passagem de uma força naval e demais embarcações.

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