Motorista e dono de caminhão que tombou sobre van com time de remo são indiciados por homicídio culposo


Vítimas de Pelotas, no Rio Grande do Sul, voltavam de competição quando acidente aconteceu. g1 procura defesa dos acusados. Nove membros de equipe de remo morrem após carreta tombar sobre van no Paraná
Dois homens foram indiciados pela Polícia Civil (PC-PR) pelo acidente que matou nove ocupantes de uma van após uma carreta container tombar sobre o veículo na BR-376, no dia 20 de outubro, em Guaratuba, no litoral do Paraná.
A van transportava um time de remo do Projeto Remar para o Futuro, de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Eles voltavam para casa após participar do Campeonato Nacional de Remo Unificado, em São Paulo, no qual conquistaram sete medalhas. Relembre caso abaixo.
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O motorista do caminhão, Nicollas Otilio de Lima Pinto, de 39 anos, foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor. O proprietário do caminhão, que não teve o nome divulgado, foi indiciado por homicídio culposo.
Agora, com a conclusão das investigações, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pode, ou não oferecer denúncia à Justiça.
O g1 tenta contato com a defesa dos acusados.
Carreta container tomba sobre van e mata nove pessoas de equipe de remo na BR-376 no Paraná
Corpo de Bombeiros
O acidente
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a carreta bateu na traseira da van. Na sequência, com o impacto, a van bateu em outro carro, rodou na rodovia e, em seguida, foi arrastada para fora da pista pelo caminhão, que tombou sobre ela.
O motorista do carro não se feriu.
As vítimas são:
Samuel Benites Lopes, 15 anos
Henry da Fontoura Guimarães, 15 anos
João Pedro Kerchiner, 17 anos
Helen Belony, 20 anos
Nicoli Cruz, 15 anos
Angel Souto Vidal, 16 anos
Vitor Fernandes Camargo, 17 anos
Oguener Tissot (coordenador), 43 anos
Ricardo Leal da Cunha (motorista), 52 anos
O atleta João Milgarejo, de 17 anos, que também estava na van, foi resgatado com ferimentos leves e levado, junto com o motorista da carreta, para o Hospital São José, em Joinville, Santa Catarina.
Atletas de Pelotas vítimas de acidente na BR-376, no Paraná
Reprodução
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Motorista alegou falha mecânica
Em depoimento à Polícia Civil, o condutor da carreta disse que o veículo apresentou problemas ao longo da viagem e passou pelas mãos de um mecânico duas vezes no domingo, data do acidente.
Ele explicou que saiu de Santos, em São Paulo, e seguia para a Argentina, onde levaria uma carga de 30 toneladas de peças de ferro. Ao passar pelo Paraná, a carreta apresentou problemas.
Um guincho da concessionária que administra o trecho o levou até um posto em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, onde disse ter acionado o dono da carreta.
No domingo, dia do acidente, um mecânico consertou o veículo e Nicollas seguiu viagem. No entanto, cerca de um quilômetro depois, o mesmo problema voltou a aparecer, afirmou o motorista em depoimento.
Novamente, conforme o relato, a carreta foi guinchada, desta vez para uma base operacional. O mecânico foi chamado de novo, mexeu no veículo e o motorista continuou a viagem.
No depoimento, Nicollas afirmou que, ao se aproximar de trecho de serra, a falha reapareceu, momento em que perdeu o controle da carreta e bateu na van que transportava atletas do time de remo.
Local do acidente onde nove membros de equipe de remo morreram após carreta tombar sobre van no Paraná
Artes/g1
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