Influenciador que acompanhava operações policiais no RS tem prisão decretada por suspeita de estupro


Leandro dos Santos, conhecido como ‘Pirata’, teria violentado uma mulher durante entrevista de emprego em Gravataí. Suspeito é conhecido por entrevistar policiais na internet e já foi assessor da Secretaria da Seguraça Pública. Leandro dos Santos, conhecido como ‘Pirata’, suspeito de estupro em Gravataí
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O plantão judicial de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, decretou a prisão preventiva do influenciador digital Leandro dos Santos, conhecido como “Pirata”. O homem, de 41 anos, é suspeito de estuprar uma mulher no dia 23 de outubro (veja o relato abaixo).
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A decisão da Justiça foi expedida no sábado (26), e o suspeito ainda não foi localizado. A RBS TV não encontrou a defesa de Leandro.
A RBS TV entrou em contato com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público, mas os órgãos informaram que o caso tramita sob sigilo e não deram detalhes do processo.
Leandro tem 150 mil seguidores em uma rede social. No perfil, ele publica vídeos em que acompanha operações policiais e entrevista autoridades do comando da segurança pública no Rio Grande do Sul. O influenciador ministrava cursos de fotografia para policiais no estado, conforme o perfil.
Entre fevereiro de 2023, Leandro começou a trabalhar como assessor especial em um cargo comissionado na Secretaria da Segurança Pública (SSP) do RS. O salário bruto do influenciador era de R$ 7,3 mil mensais, conforme o Portal da Transparência. O suspeito foi exonerado em 18 de junho de 2024, antes do suposto crime.
Em nota, a SSP afirmou que Leandro “trabalhou como cinegrafista na assessoria de comunicação e já não faz parte do quadro”.
Influenciador Leandro dos Santos, conhecido como ‘Pirata’
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Relato da suposta vítima
Conforme um documento obtido pela RBS TV, o suspeito teria conhecido a suposta vítima no local de trabalho dela, no dia 22 de outubro. Leandro teria feito uma proposta de emprego para a mulher, que disse ter enviado seu currículo para a parceira do investigado.
No dia seguinte, a mulher que fez a denúncia foi até o estúdio do influenciador para a entrevista. O homem teria dito para ela ser policial e chefe de comunicação da polícia.
O suspeito teria insistido para que a mulher tomasse uma bebida com ele. O homem teria colocado uma arma sobre a mesa e beijado a suposta vítima à força. Na sequência, de acordo com o relato dela, o influenciador teria cometido o estupro.
Conforme o depoimento, Leandro teria tocado no corpo da mulher à força e cometido violência sexual contra a suposta vítima.
Conforme o pedido do Ministério Público e a decisão da Justiça, o crime teria sido cometido sem a presença de testemunhas e que, nesse caso, “a palavra da ofendida é prova essencial, tendo a vítima prestado esclarecimentos sobre a conduta, as circunstâncias e o local e data em que ocorreu”.
A ordem de prisão preventiva levou em consideração a suspeita de ameaça com arma de fogo e o suposto envio de mensagens para a mulher após o crime, “o que revela a sua periculosidade, consistente em uma conduta ameaçadora e desvinculada de sentimento de culpa, fazendo crer que reúne características pessoais compatíveis com a reiteração de graves delitos”.
Denuncie violência de gênero
Se a ocorrência estiver em andamento, a vítima de violência ou qualquer pessoa deve ligar para o 190, o número da Brigada Militar.
Se a violência já aconteceu, a vítima deve ir na Delegacia da Mulher ou em qualquer delegacia para fazer o boletim de ocorrência e pedir medidas protetivas (localize uma delegacia aqui). Também é possível registrar uma ocorrência e pedir medida protetiva pela Delegacia Online.
A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas pelo 180. A Defensoria Pública atende pelo telefone 0800-644-5556 e dá orientações sobre direitos e consulta a advogados.
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