Corpos de pai e irmão de atirador que manteve família sob cárcere privado em Novo Hamburgo são enterrados


Assassino foi sepultado na mesma cerimônia, em cemitério de São Leopoldo. Além deles, dois policiais militares foram mortos durante cerco a cárcere privado. Mortos durante cárcere privado em Novo Hamburgo são enterrados em São Leopoldo
Jean Peixoto/Agência RBS
Foram enterrados, na tarde desta quinta-feira (24), os corpos do pai e do irmão do assassino que manteve a família sob cárcere privado em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, entre terça (22) e quarta (23). O corpo do atirador foi sepultado na mesma cerimônia, realizada em um cemitério de São Leopoldo.
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Eugênio Crippa, de 74 anos, foi morto na garagem da residência por disparos de arma de fogo. Já Everton Luciano Crippa, de 49 anos, chegou a ser resgatado e atendido em um hospital, mas morreu após uma parada cardíaca.
O assassino foi identificado pela polícia como Edson Fernando Crippa, de 45 anos. O homem foi morto pela polícia após o tiroteio.
Além deles, dois policiais militares morreram no caso. Os soldados foram identificados como Everton Raniere Kirsch Junior e Rodrigo Weber Volz, ambos com 31 anos.
Outras oito pessoas ficaram feridas no ataque. Do total, cinco permanecem internadas e três já receberam alta.
Vídeo registra ataque a tiros de homem que manteve família em cárcere privado no RS
Entenda o caso
O crime começou na noite de terça (22), quando a polícia recebeu denúncias de que o suspeito mantinha os pais, dois idosos, em cárcere privado. Eles estavam na casa da família, na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco.
Uma guarnição foi enviada para o endereço. Os PMs foram recebidos no portão da casa e conversaram com o casal de idosos, iniciando o registro da ocorrência. Foi nesse momento que os policiais foram surpreendidos pelos disparos do homem.
Durante a madrugada de quarta, houve diversas trocas de tiros entre o homem e a polícia. Dois drones dos militares também foram abatidos pelo homem, ainda segundo a Brigada Militar (BM), a polícia do Rio Grande do Sul.
O cerco no local durou cerca de nove horas, terminando na manhã de quarta. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o atirador foi “neutralizado” e morto.
Tanto a casa onde estava o homem quanto imóveis vizinhos ficaram com marcas dos tiros nas paredes. A perícia recolheu dezenas de cápsulas de balas disparadas, além de “pelo menos 300 munições de pistola ainda não desfagradas” dentro da residência.
Perito recolhe grande quantidade de munição após ataque em Novo Hamburgo
O secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, afirmou que o assassino tinha histórico de esquizofrenia. A motivação do crime ainda é desconhecida pela polícia. Segundo as autoridades, a irmã do assassino disse aos investigadores que o homem “tinha um comportamento agressivo, especialmente contra os pais”.
A polícia encontrou quatro armas e “farta munição” no local do crime. Além disso, o homem tinha registro como colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC).
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