Nova geração no cenário eleitoral do RS: número de jovens com título cresce 50,5% de 2020 a 2024


Segundo dados do TSE, 17,3 mil jovens se habilitaram para votar desde a última eleição municipal. Laura Werner, moradora de Santa Cruz do Sul, está no 2º ano do Ensino Médio e vai votar este ano. Urna eletrônica
Roberto Jayme/Ascom/TSE
Nos últimos quatro anos, o Rio Grande do Sul teve um aumento de, aproximadamente, 50,5% no número de jovens eleitores, de 16 e 17 anos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. No Brasil, este índice superou os 78%.
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Nos últimos quatro anos, 17,3 mil jovens eleitores se habilitaram ao voto, antes da idade obrigatória, que é 18 anos. O número aponta uma crescente mobilização da nova geração no cenário eleitoral do estado.
Entre esses novos eleitores está Laura Werner, de 17 anos. Desde pequena, a estudante do 2º ano do Ensino Médio, sempre se fascinou pelo processo eleitoral. Ela recorda as vezes em que acompanhava seus pais às urnas.
Essa curiosidade desde a infância evoluiu para uma compreensão mais profunda sobre a importância do voto, algo que ela valoriza desde que obteve seu título de eleitor aos 16 anos, em 2023, mesmo em um ano sem eleições, como contou ao g1.
“Eu lembro quando meus pais iam votar, eu sempre pedia para ir com eles. Aí na hora que eles iam digitar os números, eu sempre perguntava ‘posso apertar?’ e minha mãe não deixava”, relembra Laura.
Laura Werner, jovem eleitora de 17 anos, moradora de Santa Cruz do Sul
Arquivo pessoal
O contexto familiar da moradora de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, também contribuiu para seu interesse. Seu bisavô foi vereador, um legado que, segundo ela, leva a especulações sobre uma possível carreira política no futuro.
“Algumas partes da família já falaram ‘a Laura vai ser vereadora’ porque eu imponho muito a minha opinião. E eu acho que é necessário que as pessoas expressem o que pensam e o que acham. Vamos ver no futuro, quem sabe?”, diz a estudante, afirmando que ainda está avaliando suas opções.
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No Rio Grande do Sul, o gênero feminino é maior entre os jovens eleitores de 2024, com 26.255‬ mulheres.
16 anos – 9.516 eleitoras
17 anos – 16.739 eleitoras
Em comparação, 25.322 jovens são do gênero masculino.
16 anos – 8.986 eleitores
17 anos – 16.336 eleitores
Impacto da eleição no cotidiano
Para Laura, as eleições municipais têm um impacto direto e significativo no cotidiano das pessoas. De acordo com ela, participar do processo eleitoral e acompanhar o trabalho dos vereadores não é apenas um direito, mas uma forma de se engajar ativamente nas melhorias da comunidade.
“Querendo ou não, a gente acaba convivendo muito mais com decisões municipais, desde o trajeto que tu vai da tua casa até o teu trabalho ou até a escola. Se tiver obra, se a prefeitura não conseguir fazer essas obras, afeta o teu dia a dia”, explica.
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Além disso, Laura observa que os jovens precisam se conectar melhor com os políticos e entender as decisões que moldam a cidade.
“Acho que a gente acaba sofrendo muitas consequências do nosso voto ou da falta do voto em questões municipais. E também a gente pode estar mais perto dos políticos, podemos também ajudar em algumas decisões, como nas sessões na Câmara de Vereadores, que são abertas”, reflete a eleitora.
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