Acesso à TV e visitas duas vezes por semana: saiba como é a penitenciária onde Nego Di está preso há dois meses no RS


Influenciador está preso preventivamente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, há dois meses. Ele é réu por estelionato em suposto esquema de produtos não entregues por loja virtual. O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di
Arquivo Pessoal
O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, completa dois meses na cadeia neste sábado (14). O humorista está preso preventivamente, desde julho, na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ele é réu por estelionato em suposto esquema de produtos que não teriam sido entregues por loja virtual. (Saiba mais abaixo)
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Em entrevista à Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, no último dia 6, as advogadas do influencer afirmaram que ele ficou isolado nos 20 primeiros dias, “sem rádio e TV por opção”, mas que estaria acompanhando o programa naquele momento.
“Ele tá bem, na medida do possível, porque ninguém tem como estar bem dentro de um presídio. Ficou 20 dias isolado numa cela, apenas ele. Agora, ele tá com outros presos, inclusive, ele está nos ouvindo agora”, disseram as advogadas.
Em nota, a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo explicou que “a maioria das unidades prisionais do estado conta com acesso à televisão e rádio, seja no interior das celas ou nas áreas comuns, como pátios”. Conforme a pasta, o objetivo é “assegurar o direito à informação e contribuir para o processo de reintegração social”. (Leia a íntegra do documento abaixo)
O g1 entrou em contato com a advogada Tatiana Borsa, que representa Nego Di. Ela agradeceu o contato, mas informou que a defesa não vai se manifestar.
Desde o dia 14 de julho, quando foi preso em Santa Catarina, Nego Di teve ao menos quatro pedidos de liberdade negados pela Justiça. No mais recente, divulgado em 4 de setembro, a juíza Patrícia Krebs Tonet considerou que “o seu comportamento não se coaduna com o de pessoas ingênuas na área de vendas e negociações”. Ela acrescentou que “as vendas seguiram acontecendo sem que nenhuma providência fosse tomada”.
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Perfil dos presos e da unidade
De modo geral, os presos que estão na Pecan não têm ligação com organizações criminosas, segundo a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo. A penitenciária tem celas com capacidade para oito pessoas, com espaço para a higiene pessoal e fisiológicas.
Atualmente, Nego Di divide cela com outros presos. Conforme a Polícia Penal do RS, todas as pessoas privadas de liberdade da unidade utilizam uniforme. O presídio conta com bloqueadores de sinal de telefonia.
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Os apenados contam com espaço para exposição ao sol e para refeições. A Pecan dispõe de assistências como educação, trabalho e religião. Duas vezes por semana, familiares podem fazer visitas aos internos.
Entrada da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan)
Reprodução/RBS TV
Entenda a suspeita de estelionato
Nego Di é réu por crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica (17 vezes). Segundo o Tribunal de Justiça, o influenciador e o sócio teriam lesado mais de 370 pessoas com vendas pelo site Tadizuera entre 18 de março e 26 de julho de 2022.
A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a Dilson na época, passa de R$ 5 milhões. Usuários relataram que compraram produtos como televisores, celulares e eletrodomésticos na página virtual, mas não teriam recebido os itens, nem a devolução dos valores.
A Polícia Civil afirma que Nego Di usaria a própria imagem para aumentar o alcance dos anúncios pela internet – com abrangência nacional, o que fez com que houvesse supostas vítimas até de fora do RS.
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Nota da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo
A Polícia Penal esclarece que, de acordo com o artigo 41 da Lei de Execução Penal, no inciso XV, constitui-se como direito do preso o contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
Sendo assim, a maioria das unidades prisionais do Estado contam com acesso à televisão e rádio, seja no interior das celas ou nas áreas comuns, como pátios. O objetivo é assegurar o direito à informação e contribuir para o processo de reintegração social.
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