Três das seis estações da capital vão reabrir no dia 20 de setembro, enquanto as restantes devem voltar a operar em 24 de dezembro. Sistema metropolitano opera parcialmente desde enchente de maio. Trem da Trensurb na Região Metropolitana de Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
A Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre, a Trensurb, anunciou, nesta sexta-feira (6) que vai reabrir parte das estações de Porto Alegre no dia 20 de setembro. O sistema foi afetado pela enchente, e a capital não conta com o transporte ferroviário desde 3 de maio.
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Atualmente, a linha opera em 14 das 22 estações, entre Novo Hamburgo e Canoas. Na sexta-feira (20), a empresa vai reabrir as estações Anchieta, Aeroporto e Farrapos, na capital, além das estações Fátima e Niterói, em Canoas.
Já os ônibus que fazem o transporte dos passageiros nas estações desativadas vão circular apenas entre as estações Mercado e Farrapos, não realizando mais o percurso até Canoas.
A previsão de reabertura das três estações restantes – São Pedro, Rodoviária e Mercado – é para 24 de dezembro.
A Trensurb opera nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul (desde 1985); São Leopoldo (desde 1997); e Novo Hamburgo (desde 2012). O trajeto tem 43,8 km de extensão.
Estações da Trensurb, na Região Metropolitana de Porto Alegre
Trensurb/Divulgação
Segundo Ernani Fagundes, diretor-presidente da Trensurb, a empresa tem capacidade financeira para reconstruir o que foi perdido, devido aos R$ 164 milhões liberados pelo governo federal. O problema é que os itens necessários são produzidos no exterior.
“Nós perdemos a capacidade da indústria ferroviária do nosso país, infelizmente. Nós não produzimos mais trilhos no Brasil. Tudo que nós precisamos para recompor a empresa vem do exterior”, diz.
Situação da Estação Mercado, da Trensurb, em Porto Alegre quatro meses após enchente
Reprodução/RBS TV
A Trensurb perdeu duas subestações de energia durante a enchente, e uma terceira foi danificada por um incêndio na mesma época. Segundo o diretor-presidente, a empresa fornecedora de equipamentos fica na Suíça e pediu oito meses para produzir os itens necessários.
O custo estimado nas obras das subestações de energia é de R$ 120 milhões. As estruturas serão feitas acima do nível do Guaíba, para evitar novas inundações.
“Vão ser todas em cotas elevadas, justamente, para que num futuro, a gente não venha a sofrer uma perda como a gente sofreu agora nessa inundação”, afirma Fagundes.
A empresa tem a União como principal acionista (99,88%), com o restante dividido entre o governo do RS e a Prefeitura de Porto Alegre.
Trensurb ainda tem estações interditadas quatro meses depois da enchente
Enchente afetou trens
Em maio, a companhia afirmou que as estações Mercado, Rodoviária e São Pedro tiveram perda total, pois ficaram alagadas e perderam diversos equipamentos. Os túneis de acesso ficaram completamente cheios de água e precisaram ser drenados. Dos 40 trens que a Trensurb possui, quatro ficaram alagados.
No dia 27 de maio, os trens voltaram a circular entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo, sem a cobrança de tarifa dos passageiros. Um mês depois, a estação Canoas foi recuperada.
No dia 13 de julho, a empresa voltou a cobrar a tarifa, de R$ 4,50. O valor inclui o trajeto de quem precisa seguir entre as estações Canoas e Mercado, no trecho desativado, em ônibus fretados pela Trensurb.
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